segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Educação em Língua Materna 6

Relatório 6 – BORTONI-RICARDO, Stella Maris (Educação em Língua materna – A Sociolingüística na Sala de Aula – Capítulo VI – São Paulo - Editora: Parábola 2008 – ISBN 978-85-88456-17-4).


1.OBJETIVO

Introduzir os conceitos de competência linguística e competências comunicativas e suas implicações para a educação.

2.RESUMO

A autora BORTONI-RICARDO no capítulo anterior nos mostra alguns conceitos interessantes para explicar nossa variação linguística. Termos como contínuos, descontinuidade, traços graduais ou descontínuos, oralidade, letramento ou o falante se alinhar (alinhamento) solidarizando-se aos grupos que toma contato o falante irão nos remeter e também ajudar a entender a essência da língua, fala e escrita e também para que entendamos o que seria competência linguística e também comunicativa.
Agora, veremos a diferença entre competência linguística e competência comunicativa.
Na competência linguística, deve-se respeitar as regras morfossintáticas e semânticas. Ou seja, formulação de frases que façam sentido completo, dentro das regras gramaticais.
Os falares interioranos, do contínuo rural e principalmente me comunidades mais isoladas possuem competência linguística, pois sua escrita e fala VARIAM porem não atropela as regras básicas da estrutura da língua no respeito de sujeito, verbo, predicado, concordância e sentido. Essa questão independerá do grau de monitoração.
O que pode acontecer seria, pela monitoração, aumentar erros na decodificação, mas mesmo falares rurais já possuem, já internalizaram a estrutura da língua falada está aí a competência linguística – saber a estrutura lógica da língua materna.
Agora, o conceito de competência comunicativa – segundo Hymes (1966) seria mais amplo do que o conceito de competência linguística pois também abraçará além da compreensão da estrutura da língua e de sua lógica interna mas também dará conta das variáveis socioculturais na adequação da fala, ou sua variação. A adequação refere-se aos papéis sociais. Um gerente de banco ao atender o telefone é formal, mas ao identificar um amigo, muda seu contexto de falar, inclusive em relação ao monitoramento e ao estilo.


2.1 IDÉIA PRINCIPAL

Levar o educando (justamente no espaço escolar) à adquirir a chamada competência comunicativa para atuar em demandas que pede ao educando atuação social dentro de convenções formais – mais especificamente falar da forma “certa/adequada” nos diversos espaços sociais da qual o educando irá interagir.

2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS

Competência linguística, competência comunicativa, desempenho.

3. COMENTÁRIOS CRÍTICOS E PERSPECTIVA QUE A LEITURA TROUXE

Entender que o papel da escola, como espaço de excelência no ensino da língua materna em sua estrutura formal e gramatical para possibilitar aos alunos (mesmo os pertencentes aos contínuos rurais e/ou rurbanos) que os mesmo adquiriram habilidades comunicativas nos diferentes espaços sociais em que o educando irá interagir.
O Pedagogo (a) deve ter a consciência de quê torna-se importante o ensino da língua materna em todo o reflexo de sua futura aprendizagem. Assim, deve cada vez mais a escola ter como meta o ensino da língua materna de forma motivadora e que possa o professor (a) ser veículo de transposição de preconceitos e até receios/medos de falar em sala, ou de dar vazão ao processo de escrita, de uma cultura da leitura – admitindo logicamente toda a variação do português brasileiro.
Traçar um plano de aula condizente com a cultura local, saber da heterogeneidade da turma, ter acesso aos termos e formas de falar dos educandos. Saber fazer a avaliação em língua materna ao ponto pode identificar deficiências no entendimento da língua ou pontos fortes.Enfim, dar condições aos educandos que se apoderem de competências comunicativas para atuar não só no prosseguimento dos estudos, mas para toda sua vida.

4. REFLETIR

O que o professor pode/deve fazer para ampliar a competência comunicativa do aluno?

Na era da Internet e da tecnologia, fomentar os alunos a pesquisarem mais os assuntos que lhe interessam dentro de um plano de aula proposto. Ter acesso a um estudo sistemático, contínuo e motivador de português, matemática, das ciências importantes para o aluno tomar conhecimento de como funciona a sociedade, o mundo físico, do por que e como entender a sociedade para melhor se entender.
No trabalho cotidiano de sala de aula – dar a oportunidade do aluno de falar, estimular a fala em sala de aula, a análise filosófica, dar a oportunidade e estimular o aluno a pensar de forma matemática ou sociológica.
Trazer problemáticas (por um bom planejamento de aula, dentro de um bom cronograma) estimular o aluno a refletir e a produzir textualmente suas reflexões críticas sob situações em que o próprio aluno vive.
Estimular a pesquisa científica e do por que pesquisar (seja na pesquisa básica ou em aplicações na sociedade). Fazer com que o educando obtenha, por meio do domínio da língua – obter ferramentas importantes para sua emancipação parcial.
Enfim – ensinar de forma precípua ao educando (e isso de forma pontual, mas principalmente numa virtuosa interação significativa) que levará o educando a entrar dentro de um processo de descoberta, de um virtuoso processo heurístico que fará assim o fomento de uma cultura de formação. Educar em língua materna para a formação de sujeitos críticos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A natureza do Traquinagens



Saudações Agentes da Educação e Pesquisadores;

Ler e reler o conteúdo desse blog, e tomar consciência de seu conteúdo político. Essa tarefa não se faz com poucas investigações freudianas, nem sequer na forma esbaforida no atendimento superficial e corrido de seus tópicos pois seu conteúdo fora gestado e ainda está gestado e que por ainda está dentro de um processo de construção não se pode analisa-lo em escalas quantitativas somente. Muito do que descreve o Traquinagens se encontra em sua entrelinhas, em sua pontuação e até mesmo em seu silêncio.

Caso chegue na conclusão de que não se deve mais se motivar a traçar entendimentos dentro do campo educacional, acha o autor melhor abortar suas humildes anotações, não por um falso ascetismo, por uma falsa humildade... mas por ter gente boa, muita boa na contribuição de um campo educacional virtuoso ao ponto de começar a também degustar os ensinamentos dos grandes mestre da educação....Freud não explica tudo. Aliás é necessário saber de tudo?

A todos que querem tomar conhecimento do Traquinagens* como uma página que aborda os fenômenos/eventos pedagógicos devem os mesmos "degustá-lo" com calma. Pode-se ter uma overdose de descrições que visam melhor explicar o “tecido da realidade” pedagógica.

Propõe o Traquinagens por vezes uma aridez de pensamento que desanima – afinal a realidade é árida ao romantismo adotado na formação dos Pedagog@s mas por vezes pode ser veículo de auto libertação, numa seara não tão árida, que pode admitir “oásis” quando avança na configuração de uma visão mais acurada a respeito dos fenômenos pedagógicos em estrito sentido.

Na descoberta da abertura do fenômeno pedagógico a alguns campos da ciência também o Traquinagens seguirá essa forma: aberta, dialética, mutante, intercambiante com o meio ambiente a ponto de ter anotações transversais em Sociobiologia, em estar aberto à vanguarda da ciência, da neurologia, da forma vygotskiana de tratar a própria natureza estrita da pedagogia (mesmo sendo Vygotsky psicólogo de formação), da antropologia (física e cultural) e dos grandes mestre da Sociologia.

Ora, por ser aberto seu conteúdo, sua natureza não é feita somente pela especulação pura ou brainstorming’s, mas também por vezes, por ampla fundamentação estatística, por profunda ancoragem teórica ou um composto de auto evidências a qualquer hora demonstrável no cotidiano e na prática escolar e também em ambientes não escolares.

Portanto, a natureza do Traquinagens, se estenderá para além de sua formalidade escrita (de conteúdo) mas pelo seu conteúdo de potencial prático, de prática que se revela para além do escrito, admitindo uma série de outras considerações que podem ser feitos na análise (que seja somente freudiana, mas que façam-na para possibilitar o início de um protodebate dialético que possibilite sínteses) das entrelinhas, do subjetivismo do autor, do contexto de formação de sua infância atemporal (e que por vezes torna-se incognoscível a terceiros - compreendido somente pela criança da qual pertence àquela infância atemporal).

Mas então como entender o Traquinagens? Aliás essa pergunta é relevante?

Sim e não. Sim, por necessitar o Traquinagens repassar o que pensa, sente e subjetiviza em forma inteligível para todos terem acesso por que não se faz Pedagogia com considerações, anotações, teses, hipóteses, levantamentos com todo esse material engavetado, de forma unilateral, pessoal unitária/egoística, não; Pedagogia se faz na interação de relações dialógicas.
Por outro lado não se compromete em metodizar, em explicar, em tornar compreensível o que o autor simplesmente VIVEU. Mesmo por que, pelo fenômeno pedagógico ter caráter aberto, por vezes indeterminável, dialético – não faz sentido em poucas anotações dar conta de todas as variáveis que compõem o fenômeno pedagógico. E mais, admite o autor que dimensões do fenômeno pedagógico não são para entender – mas para simplesmente vive-los.
Não se descreve ipsi litteris o perfume das flores – nem mesmo uma metalinguagem iria dar conta do cheiro das flores. De forma análoga ao fenômeno pedagógico, certas nuances não se explicam - se vive, se entende pela integração social, pelo brilho do olhar do educando quando passa por um processo heurístico... quando a “ficha cai”.

De forma histórica, a linguagem humana, pelo menos para o autor - não é capaz de descrever "in totum" sensações, percepções e vivências de sua infância atemporal, aliado às suas experiências e vivências adquiridas em sua formação, nesse exato momento em que escreve tais anotações até quanto o autor quiser trazer à tona - percepções que podem ajudar na composição e entendimento do universo pedagógico para melhor ensinar, aprender e ser.

Como o Traquinagens possui uma dimensão também em suas entrelinhas, destaca-se a necessidade portanto de ler e reler o Traquinagens com a mente aberta, de forma reflexiva e com calma, sabendo que o mesmo possui um posicionamento político - da qual a tempos já optou: os esfarrapados de Freire.

Assim sendo, faz todo sentido - contextualizar, expor, analisar (sistematicamente ou freudianamente), fazer ilações ou inferências sobre seu conteúdo levando em consideração seu objetivo: nosso estrato social pobre e na aquisição e multiplicação de uma conscientização emancipatória.

Ora; admitindo então um determinado objeto e linha política pedagógica declarada, solicita o Traquinagens que seu conteúdo seja antes previamente analisado e que tal análise leve em consideração seu objeto e linha de entendimento, não fazendo tais questões palavra última na divulgação do próprio Traquinagens.

Novamente, se achar por bem, abortar suas divulgações assim o fará seu autor sem titubeio por que não trata o Traquinagens de dogmatismo educativos ou de formação, nem sequer se prende a malabarismo intelectuais (destituídos de uma práxis), não se prende a Freud, Skinner, Lacan, ao juramento médico e seus entendimentos na poda da capacidade humana de entender e compreender o que está sendo lecionado.

Não é marxista, complexista, Piagetiano, Vygotskyano ou Freiriano, nem adota em ultima instância as teorias de viés histórico-cultural - mas pelos postulados/paradigmas em Marx, Morin, Vygotsky et al ter melhor condição para abraçar essa apaixonante matriz fenomenologia - o pedagógico (que é aberto/fluido), mesmo sabendo que nuances do fenômeno pedagógico escorrerá pelas "mãos" das teorias, postulados e entendimentos que se mantêm como vanguarda do entendimento da natureza da Pedagogia e essa na história, admitida e cunhada na cultura humana. Admite o Traquinagens seu “nanismo teórico”, por isso se furta dos gigantes da teoria para melhor enxergar o “horizonte” dos fenômenos educacionais.

Por isso da paixão do Traquinagens pelo universo Pedagógico e sua fenomenologia.

Fenômenos esses que surgem do diálogo, da práxis libertadora, da interação do Homo Sapiens, agora Homo Faber (ver Gramsci) que passou por um processo longo pelo trabalho como adaptação biológica e principalmente cultural e que agora ensina e aprende em comunhão.
Torna-se agora o Homo Sapiens, Homo Sapiens e Faber ao mesmo tempo pois agora é ser enquanto ser biológico e ser enquanto ser social, ser cultural que possibilitou aí o brotar dos fenômenos pedagógicos – pela criação do epifenômeno intrínseco ao Homo Faber – a cultura dentro de um período histórico.
Antes; somente em sentido protopedagógico - pois o ensinar dos hominídeos* ver espécies antes do Homo Sapiens não desenvolveria o trabalho, com isso seu conhecimento era por tentativa e erro e/ou mera observação ou para sua própria sobrevivência – comunicando ao bando um perigo eminente ou fonte e comida.
Em outra oportunidade falará o Traquinagens sobre o processo de entendimento e repasse de conhecimento do Homem pré-histórico.
Agora; o Traquinagens assume sua humildade em depender de uma âncora teórica para lhe dar estabilidade para argumentar ou contra argumentar até a agudez de radicalizar e afirmar que não se precisa entender nuances do conteúdo do Traquinagens por esses serem significativos em totalidade somente ao autor do mesmo.
Não se trata de um subterfúgio intelectual para se esconder atrás do argumento da “subjetividade” para tergiversar de questões que o autor não possui o entendimento. Mas uma constatação de que não é objetivo do Traquinagens ser uma tentativa de descambar para uma pseudopanacéia teórica em se tratando dos fenômenos sociais e educacionais.

Não tem por meta o Traquinagens abraçar toda essa fenomenologia, mesmo por que operacionalizar ou tornar o Traquinagens com essas características estaríamos atropelando a própria natureza aberta e dialética da fenomenologia que envolve a escola, a sociedade, o ensino a aprendizagem e todos os agentes da educação – objeto de estudo do Traquinagens.

Sempre trará o Traquinagens – objetos e escopos já determinados visando facilitação das anotações que compõe o próprio Traquinagens. Mesmo admitindo que parte dessa fenomenologia passará CERTAMENTE despercebida pelo tirocínio do autor. Também não impede a opção de trabalhar de forma transversal, multidisciplinar.

Aos fenômenos pedagógicos - a paixão declarada do Traquinagens em analisa-los de forma política e existencial; ao determinismo Psicométrico, médico ou mistificador nossa implacável intransigência por balizadores científicos que força o Traquinagens à não admitir o determinismo ou o senso comum na explicação dos fenômenos pedagógicos contemporâneos para que em seguida possa expor a apaixonante composição aberta e dialética dos fenômenos educacionais/pedagógicos.



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Educação em Língua Materna 5

Relatório 5 – BORTONI-RICARDO, Stella Maris (Educação em Língua materna – A Sociolingüística na Sala de Aula – Capítulo V – São Paulo - Editora: Parábola 2008 – ISBN 978-85-88456-17-4).


1.OBJETIVO

Sistematizar as informações sobre a variação linguística no Brasil.

2.RESUMO

No capítulo anterior, BORTONI-RICARDO entende que, sob a perspectiva do ensino da língua materna, possibilitar ao professor ter acesso aos conceitos da sociolinguística e com se forma historicamente uma língua, condicionantes e determinantes do fenômeno linguístico que possibilitará além de ter maior acesso e conhecimento da norma culta da língua, saber contextualizar o ensino da língua materna de forma a dar condições ao aluno não se sentir coagido a falar, escrever e se expressar conforme sua formação e além disso, ter acesso e compreensão da língua culta.
Agora, tem por objetivo a autora, sistematizar algumas informações sobre essa variação linguística no território brasileiro.
Com isso, historicamente diz BORTONI-RICARDO que a variação do português brasileiro, sua formação se dará em contínuos de urbanização, oralidade/letramento e sob a dimensão da monitoração estilística.
O contínuo de urbanização - terá basicamente três zonas de atuação:
1) Variedades rurais isoladas;
2) Variedades rurbanas;
3) Variedades urbanas padronizadas.

Cada dimensão dará em menor ou maior grau características dessa variação linguística brasileira. As rurais isoladas serão menos apegadas a um padrão formal ortográfico ou na pronúncia (ortoépia).
Nas comunidades rurais não terão muito acentuada a cultura do letramento nem seu monitoramento. Diferentemente, em regiões rurbanas, pelo contato com o comércio, maior intercâmbio linguístico e humano – torna a sociedade predominantemente em uma cultura de letramento.
Faz uma reflexão a autora no sentido de que nesse contínuo de urbanização também existirá uma forte correlação entre um determinado contínuo e as gerações etárias. Faz também um adendo de que as “fronteiras” desses contínuos são fluidas e que há muita sobreposição entre os falares (por isso mesmo, fala-se em contínuos).
Relaciona a existência da descontinuidade e que esta é avaliada de forma negativa dentro da cultura do letramento.
Para exemplificar BORTONI-RICARDO, propõe um exercício de classificação dentre as palavras utilizadas em falas do personagem Chico Bento em critérios de traços graduais ou traços descontínuos.
Nota-se que nos traços graduais – provavelmente uma pessoa de falar urbano não “estranhará” o falar do Chico Bento como palavras do tipo ocê, dexei, dibaixo. Por outro lado, os traços descontínuos do Chico Bento em palavras como prantei ou percisá sofreram a “devida” avaliação (negativa) na cultura letrada. Sob a perspectiva Sociolinguística os traços descontínuos de Chico Bento não são erros de português mas variações do português de explicação complexa e que possui dimensões seja sociais, psíquicas, pedagógicas etc.
Após precisas descrições de cada traços (graduais ou descontínuos) em exercício proposto, agora em sentido pedagógico relata a autora que o objetivo também advêm da necessidade dos alunos terem acesso ao monitoramento para ter sucesso no contato com a cultura letrada em eventos do falar formal e escrito.
Esse contínuo de urbanização também trará uma dimensão de que o monitoramento no estilo também marcará de forma repetida, padrões de monitoramento do plural nos sintagmas nominais, em que o determinante (palavra) por vezes não seguirá (dentro da variação do contínuo) o plural e/ou concordância.
Quanto ao contínuo de oralidade/letramento suas fronteiras também são permeáveis. Mas em eventos de oficiais, do estado ou de uma igreja os eventos de oralidade são mais formais e seguem mais aproximados do letramento. Em uma conversa de bar, o falar é mais “flexível” ao monitoramento e ao letramento, à norma ortográfica e/ou ortoépica mas se o falante declara um poema (anteriormente lido) o monitoramento volta à tona.
Acerca da monitoração estilística alguns conceitos e questões interessantes surgem:

a) O Contínuo se fará numa linha imaginária de uma menor para uma maior monitoração;
b) Conforme os domínios sociais influenciam os falares sua monitoração é maior ou menor;
c) Necessidade em sentido de comunicação plena de quando se for mudar o “estilo” deixar pistas para melhor emoldurar a interação sociolinguística que ali acontece;
d) Após a citação de inúmeras situações de falante com diversos atributos lingüísticos e em diversas situações pode a autora localizar dentro de uma moldura (espaço sociolinguístico no qual acontece o evento de um falar ou na divulgação de uma comunicação escrita).

Exemplifica BORTONI-RICARDO que a fala de meninos de rua a uma pesquisadora molda o auto-monitoramento do menino de rua. Em reuniões formais de um bairro, onde presidente da associação, vice-presidente, associado irá variar nos falares onde demonstraram que estão situado num lócus linguístico do contínuo urbano, rurbano ou rural, maior ou menor oralidade/letramento e sob um contínuo de maior ou menor monitoração estilística.
Nessa matriz de variáveis que comporá historicamente a variação linguística os domínios sociais, os atributos do falante, e a natureza das interações sociais podem formar molduras, pelas quais os falantes terão uma maior ou menor familiaridade ou desenvoltura, espontaneidade ou monitoramento conforme contato social adquirido nas interações sociolingüísticas.


2.1 IDÉIA PRINCIPAL

Levando em consideração que a variação linguística é complexa, relata a autora que historicamente a formação do falar português passa por contínuos demográficos, acerca de eventos de referencial ortográfico padrão em questão de oralidade ou letramento e também acerca da monitoração sobre o estilo das variações linguísticas.
Todas essas multi-interações sociolinguísticas iram condicionar e determinar a ampla variação linguística encontrada no território nacional.

2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS

Contínuos, descontinuidade, traços graduais, traços descontínuos, oralidade, letramento, alinhamento, molduras.

3. COMENTÁRIOS CRÍTICOS E PERSPECTIVA QUE A LEITURA TROUXE

Novamente sob a perspectiva sociolinguística, deve o Pedagogo (a) ter acesso às sistematizações teóricas propostas pela autora na explicação HISTÓRICA da variação linguística em exemplos cotidianos.
Tais situações, depois de refletidas e analisadas sob os critérios dos contínuos dará ao Pedagogo (a) condições de conseguir sistematizar situações que acontece as variações linguísticas, enumerar as principais condicionantes que influenciam o falar e a escrita dos alunos e a partir daí traçar um melhor planejamento pedagógico, ou se for o caso em adequações pedagógicas para alcançar uma melhor forma de ensinar a língua materna sob a norma culta.
A sistematização dessas condicionantes sociolinguísticas dará material contextual para melhor trabalhar no ensino e na aprendizagem da língua materna.

4. REFLITA

Tendo por base o texto de BORTONI-RICARDO no capitulo cinco, vejamos o que acontece com alguns termos da p. 59 – canção Cuitelinho de Milton Nascimento e Nara Leão:

a) bera – beira – Na língua: supressão do ditongo ei para um monotongo;
b) as onda – as ondas – Na língua: supressão da concordância o artigo;
c) espaia – espalha – do verbo espalhar – mudança do lh para uma variação que acrescentou um ditongo depois de suprimir o lh;
d) As garça – as garças - Na língua supressão da concordância com o artigo;
e) Parentaiada – variação do latim tardio parentela ou conjunto de parentes em sua totalidade;
f) Terras paraguaia – Supressão da concordância com o artigo;
g) Fortes bataia – Fortes batalhas – Variação de supressão do lh para ditongo decrescente ia;
h) Navaia – Navalha – Variação de supressão do lh para ditongo decrescente ia;
i) Os oio – Os olhos – Variação de supressão do lh para ditongo decrescente io;
j) Atrapaia – atrapalha: Na língua – Variação de supressão do lh para ditongo decrescente ia;

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Brasil na era pre-sal sob a perspectiva da Educação

Em atendimento à convocação do Presidente da República a toda a nação brasileira a discutir, refletir, ter em mente a importância das jazidas do pré-sal para nossa emancipação parcial em grande estrato social tem também o Traquinagens* o compromisso de abordar a situação em conjuntura política sob uma perspectiva educacional.

Um dos critérios da Presidência da República no discurso ao feriado de sete de setembro sobre o Pré-sal seria com a educação e C&T.

Assim sendo, o Traquinagens disponibilizará ao mundo - O manifesto do Brasil na era do Pré-sal. Algumas anotações sobre essa interessante variável política estratégica (Pré-sal) sob a perspectiva da Pedagogia e da Educação.

Tem o Traquinagens também a oportunidade de comemorar seu primeiro aniversário justamente na convocação da nação brasileira a discutir seu futuro. Para o autor, nada mais simbólico em se pensar em possibilidades Freirianas, de natureza libertária.

Parabéns Traquinagens por seu primeiro ano de existência esperamos tornar o blog cada vez mais popular e acessível os assuntos que permeiam a contemporaneidade da educação e sua apaixonante fenomenologia; parabéns povo brasileiro.

Povo que se reinventa, povo trabalhador, povo de negritude, povo colorido, povo tolerante, povo feliz. Povo que agora tem um importante desafio pela frente - ter a sabedoria necessária para transformar o Pré-Sal em emancipação no sentido mais radical da palavra. Para o Traquinagens necessariamente os louros aos esfarrapados de Freire.

A questão além de estratégica, requer ser tratada sob acurada inteligência de estado (presidente - convoque nossos cientistas e demais pesquisadores para discutir a questão), visando nossa Soberania e garantindo a prática concreta de nossa Constituição ao afirmar que as riquesas do subsolo, por interesse nacional, pertencem inequivocamente, sem titubeio, unica e exclusivamente ao povo brasileiro.

Atenção brasileir@s, fale com sua vizinhança sobre a importância dessa riqueza e sua necessidade de pertencer ao povo brasileiro. Traga esse debate para seu dia a dia. Tentem elencar soluções e as demandas específicas de seu município, cidade ou bairro informando aos governantes, fazendo também valer nossa cidadania brasileira.

Atenção povo Brasileiro, fale com sua família, sindicato, associação de moradores,clubes, atenção lideranças locais, atenção lideranças políticas compromissados com o futuro do Brasil - debata, reflita, torne cotidiana a discussão sobre o Pré-sal. Discuta-a de corpo e alma (como pede a Presidência).

Sob a perpectiva da Educação tem o Traquinagens mais um desafio. Onde sob a perpectiva educativa - cabe urgentemente o estado brasileiro passar a equipar e tornar mais democrático cursos técnicos na cadeia petrolífera, ciências como a Geologia, investimento em tecnologia própria e também em "cérebros" próprios.

Estado brasileiro trate com a máxima consideração multiplicadores do conhecimento técnico, nosso geólogos, oceanógrafos, e em relação à todas as ciências correlatas para dar conta da complexidade e amplitude das jazidas pré-sal.

Pensemos, NÓS brasileiros - o Brasil de amanhã. Pensemos Pedagog@s e agentes da educação como tornar possível essa emancipação pela educação. O que quer objetivamente agora o Brasil como nação soberana em termos de Educação sob as jazidas pré-sal? Pensemos em sentido de operacionalidade, planejamento pedagógico e um radical avanço na infraestrutura técnica necessária para maximizar os ganhos do fenômeno pré-sal.

Tem o Brasil capacitação para abraçar toda essa "nova" cadeia produtiva? Pensemos agentes da educação e das UF's de todo o Brasil como tornar acessível as UF's nesse contexto de desenvolvimento social pelo pré-sal?

A fenomenologia em torno do Pré-sal é complexa, de natureza política e que após exautivas (se for preciso) consultas públicas achar um denominador comum para a exploração do Pré-sal. Se preciso que se convoque um plebiscito, a ser operacionalizado juntamente com as eleições de 2010. Plausível a questão? Certamente.

Mas mais do que isso - saber exatamente quais as propostas advindas do legislativo. Acooorda povo brasileiro - essas essenciais discussões estão acontecendo nesse exato momento. Não são questões meramente ao "por vir" ou da boa vontade de um mero pesquisador da educação na escrita de um blog (aqui no caso o Traquinagens pedagógicas*)ou somente tem um caráter teórico.

Não! Acooorda povo brasileiro.

Tal conjuntura e necessidade de atuação política está se formatando desde a descoberta do Pré-sal e que nos bastidores da podridão capitalista - lobbystas já fazem de tudo para imputar no legislativo e na própria máquina - o entreguismo e o privatismo unilateral ao capital.

A questão por fim, além de complexa é essencialmente política e que pode ter um caráter metaestrutural devendo ser entendida em sentido soberano, de inteligência levando em consideração nossa conjuntura, interesses estritos financeiros, e a conscientização da já existencia de uma verdadeira guerra "invisível" de espionagem industrial pela qual a Petrobrás, Governo Federal e a nova Petro-Sal irá enfrentar combinados com toda uma matriz de lobbys capitalistas, ajustes contratuais que tem por gênese - a violência (germe da entidade capital) e as necessidades da indústria da morte (bélica). Ambas procurando sobrevalizar seu capital.

Paradoxo social e estatal que deve ser encarado como um paradoxo necessário - emancipação como fim, mas admitindo meios "anti-sociais" (como nova militarização - compra de 36 caças da França para a proteção das jazidas do pré-sal e costa brasileira).

Em frente Brasil. Em frente agentes da Educação - tendo a consciência de que existe muito trabalho pela frente.Mais uma vez, em frente, a passos firmes e confiantes - em frente Brasil, pois és uma nação livre e soberana.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Destino do Brasil 2 - Antropologia da Educação




Antropologia e Educação - Um completivo antropológico ao destino do Brasil. Referencial teórico - O Povo Brasileiro (RIBEIRO, Darcy).

a) – A Antropologia como ciência acadêmica;
b) – O etnocentrismo, os relativismos culturais e a Educação;
c) – O destino do Brasil – Crítica ao livro (O Povo Brasileiro – Darcy Ribeiro).

a) – A Antropologia como ciência acadêmica; ¹²³

A Antropologia como ciência acadêmica, teve inúmeras influências teóricas como o evolucionismo de Lamarck, Darwin e Wallace, a difusão da psicologia, agora a lidar com os fenômenos do homem em sua cultura. A forma difusa pela qual até tem termos cunhados dentro da Antropologia, perfaz essa grande ciência, admitida em todas as grandes academias.

A Antropologia como ciência acadêmica, lida com inúmeras contribuições teóricas e de observações em todo o globo, tendo fixado de forma única, algumas contribuições inestimáveis.

O pensar Antropológico se dará no entendimento da necessidade de que para se entender uma nova cultura ou simplesmente aceita-la, uma cultura exótica, deve-ser ter como forma de observar uma outra cultura, o desprendimento, a não aceitação de tudo que lhe é familiar, isso por que, deve-se relatar o que foi observado e somente o que foi observado, sem achismos, sem tendências e sem pré-julgamentos.

A Antropologia nos remete a essa forma de pensar, por que a impessoalidade na ciência e também na Antropologia (que é uma ciência) deve necessariamente condizer com o que foi observado. A dificuldade aumenta se a cultura possuir conteúdo que fere os valores e a moral do observador.

Na idade média/medieval, pela falta de conhecimento e de observação de outras culturas.As culturas não européias eram consideradas bárbaras, atrasadas e/ou demoníacas. A impessoalidade nos relatos não era vista. Alguns historiadores se apresentam com algumas exceções, mas por muito, a ciência e o entendimento mais agudo da natureza humana, foi concentrado e manipulado por instituições religiosas e ligadas às nobrezas, senhores feudais, aristocratas, novos capitalistas – dependendo do período inserido dentro do fenômeno social e do fenômeno capitalismo.

A Antropologia, ciência concebida para estudar o homem e sua cultura - no desprendimento do que lhe é familiar, trouxe algumas dificuldades à própria Antropologia e ao pensamento do homem ocidental e acostumado à forma de viver eurocêntrica.
Os resultados foram infindáveis debates sobre a existência de uma ou algumas “raças” humanas superiores, predestinadas por deus, ou mais inteligentes, mais sábias que outras. Justificativas essas que não encontram fundamento na história e nem mesmo nos estudos da própria Antropologia. Tais justificativas geralmente advêm de religiões sectárias, pelo pensamento eugenista e também pela não organização da sociedade em torno desses problemas ideológicos.
Tudo também justificado palidamente para não atuar nas reais tensões sociais e no comportamento violento e autodestrutivo do homem contemporâneo.
A ciência Antropologia seguirá seu curso em diversas teorias e fará interessantes comparações entre evolução e cultura. O evolucionismo na Antropologia seguir basicamente três vertentes uma unilinear, outra multilinear e a assimétrica. Cada qual, com seus argumentos prós e contra, mas em termos gerais, seria o para o Antropólogo o trabalho de construir modelos de comparação entre culturas de forma impessoal e histórica para explicar melhor por que algumas culturas desenvolve um sistema religioso outras nem tanto? Os modelos de comparação não seria comparação moral/moralística mas sim científica, sob determinação causal, de desencadeamento dos fenômenos sociais de formação dessa ou daquela matriz cultural.
Por que algumas sociedades consideradas “primitivas” possuem comportamentos complexos das sociedades civilizadas, como por exemplo, a crença em deus, sepultamentos e a utilização de pratos culinários similares ou com os mesmo ingredientes?
Essas questões são bem descritas pela Antropologia que aprofundará suas percepções sobre as visões de mundo e lhes dará sentido estrito científico, no caso desligado de ideologias, ilusões e emoções que impossibilitam uma visão mais nítida da realidade de grupos sociais diferentes, condicionantes e determinantes de sua formação – contribuindo também para uma forma mais acurada de enxergar a natureza cultural do homem.
Todo um universo de cultura imaterial surge sobre essas questões e que por método focal, ou predeterminado, de objeto pré determinado, não abraçará algumas situações e fenômenos sócio/culturais.
Em outras palavras, o Antropólogo sabe que se faziam rituais nos funerais de uma tribo x, mas o significado e o por que dos ritos, das cores e símbolos é que lhe apresenta ao Antropólogo todo o universo da cultura imaterial dos povos – onde não somente um trabalho de campo resolveria as incógnitas, mas sim sua comparação, reflexão sob signos, análise comparativa (científica) com outras culturas.

b) – O etnocentrismo e os relativismos culturais na composição de ideologias;

O etnocentrismo é uma forma de ver o mundo. Uma cosmovisão, que depende de onde o observador reside, vive, aprende, ensina e se relaciona/sociabiliza. Essa visão de mundo terá somente a sua cultura, sua forma de agir e de comportar-se como sendo o centro de todas as outras culturas.
Até certo ponto pode-se justificar pela ativa forma do homem reconhecer de forma quase instintiva aquilo que lhe é familiar, rechaçando ao mesmo tempo aquilo que lhe soa estranho. Como a Antropologia, não está preocupada com uma cultura e sim com todas traz à baila do assunto etnocentrismo explicações de dizeres do tipo: - Isso é trabalho de Paraíba. Ou, que baiano é preguiçoso. Somente como verbalização tendenciosa, preconceito e de não fundamentação na realidade. O etnocentrismo também irá refletir em inúmeros aspectos no trato social.
A Antropologia identifica tais comportamentos dentro do etnocentrismo e por meio da explanação de suas teorias e observações tenta superar o discurso e a forte retórica preconceituosa e etnocêntrica. O etnocentrismo irá se apoiar em relativismos geográficos ou étnicos/religiosos para cometer absurdos civis.
O etnocentrismo se utilizará da ignorância, do auto-engano e das ilusões dos pensamentos superficiais, do senso comum, de determinismos para poder difundir suas ideologias.
Em outras palavras, Everardo Rocha cita logo em seu primeiro capítulo – O que é Etnocentrismo - página seis:

“Assim, a colocação central sobre o etnocentrismo pode ser expressa como a procura de sabermos os mecanismos, as formas, os caminhos e razões, enfim, pelas quais tantas e tão profundas distorções se perpetuam nas emoções e pensamentos, imagens e representações que fazemos da vida daqueles que são diferentemente de nós. Esse problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade. Talvez o etnocentrismo seja, dentre os fatos humanos, um daqueles de mais unanimidade”.


Assim, para dar fundamento ao etnocentrismo, o homem criou um possível relativismo cultural que lida com algumas teses dentro das ciências e das ideologias que, as manifestações culturais deveriam passar por todas elas por estágios pelas quais as culturas mais “evoluídas” também passaram.
Mas vimos que o fenômeno cultural em si, é difuso, não segue uma lógica linear evolutiva (isso em um sentido vertical, de graduações, de valor sob parâmetros éticos e/ou morais, de parâmetro racial, ou de classe, ou de localização geográfica, ou clima etc). Os sistemas culturais diversos seguem seus próprios caminhos, com uma lógica própria e que foi definida pela história, pelo meio e pelo próprio caminhar da cultura no tempo histórico;

A cultura humana é um conjunto de fenômenos humanos, de repasse de conhecimentos práticos, filosóficos, supersticiosos, sagrados, ritualísticos de alto teor significativo para aquele pertencente ao sistema cultural.
Cultura também é conhecimento repassado de geração após geração de forma oral, escrita ou gestual.
A cultura tem uma lógica própria e suas manifestações são sempre moldadas com o passar do tempo. A cultura se dá pelas múltiplas experiências do homem com outros homens e com o meio. Assim, apesar da unidade biológica do homem ser comprovada, suas visões de mundo se diferem e muito, sendo por vezes até diametralmente opostas com relação a algumas variáveis culturais, do tipo religião ou sistema moral;

A cultura opera na sociedade, moldando e dando significado (apesar de difuso ou metafísico pro vezes) “lógico”, ético ou moral para atuar no mundo. Segundo Benedict, a cultura é uma lente através do qual o homem vê o mundo.
A cultura também molda a forma do homem encarar a sociedade, o mundo, determinada o comportamento por vezes, padrões éticos, comportamento sexual, na gastronomia, na língua falada, na divisão do trabalho, no sistema de governo adotado etc.
No plano biológico, um exemplo clássico foi o tráfico de escravos do século XV em diante. Aproximadamente 1/3 dos escravos morriam na viagem por causa de doenças, falta de alimentação principalmente por ter-lhes tirado o “chão”, as “árvores”, o “ar” africano.
Muitos morriam nos navios negreiros por não encontrar mais motivação para sobreviver depois de ter-lhes podado sua cultura. Um exemplo de atuação no campo biológico. A prática cultural também é dinâmica e diversificada, muitos são as tribos que se utilizam de mitos e simbologias para explicar tal fenômeno e outras tribos vizinhas, já pode explicar o mesmo fenômeno de outra forma.
A prática culinária e ritualística também varia muito de grupo para grupo. Por ser dinâmica e multilinear a cultura sempre está em constante fusão de elementos culturais e de “expulsão” de outros hábitos e crenças.
Dentro dessa dinamicidade surgem os processos sincréticos e de formação de outros povos – o povo brasileiro e outros clássicos de nossa literatura demonstrará com o passar o tempo histórico essas mútuas influências culturais e das etnias. Paradoxalmente, o sincretismo como fenômeno social universal, possui inconsistências conceituais, por que o processo que deveria ser dinâmico, multilateral, foi/é/está sendo na verdade um processo aculturado, violento, opressor, estático e conservador – temos no ocidente a matriz judaica/cristã como matriz cultural dominante.
O Educador de posse teórica e de prática vivencial das verdades Antropológicas terá um panorama do que é o homem no planeta, não somente no círculo da própria formação cultural do educador ou do que lhe é familiar, ou do universo de sala de aula mas sim um panorama da situação cultural do homem no globo.
Ora, o educador de posse desses conhecimentos poderá atuar na formulação de propostas e projetos pedagógicos mais inteirados da realidade daquele grupo pelo qual o educador pretende repassar e formar novos educandos.
Também para a Pedagogia não faria o menor sentido o mesmo chegar em uma tribo indígena e começar a “ensinar” sobre a cultura norte-americana, em inglês e sob uma forte visão etnocêntrica de um cidadão de Londres? Faria sentido e existiria a concretização do processo ensino-aprendizagem? Obviamente que não. E isso não por dificuldade lingüística não por não acontecer identificação cultural.
Portanto, tal processo de ensino não pode de forma alguma atropelar a cultura local dentro de uma perspectiva pedagógica. Deve sim o educador, perceber a cultura local e trazer objetos e comportamentos significativos para aquela cultura para aí sim, tornar o processo de ensino aprendizagem mais adequado e eficiente para determinados grupos de atuação. Pode-se infelizmente e até de forma inconsciente, educadores favorecerem um processo de aculturamento, de opressão e de alienação, pela própria condição aculturada, mecânica, estática, conservadora, opressora e alienada que os próprios educadores se encontram. Uma diária e lúcida percepção de nossa ignorância, geral fazem-nos naturalmente avançarmos pelo universo científico da incerteza, da experimentação e evolução. Admitir humildemente o não saber sobre determinado objeto é admitir humildemente que o não saber – remetem-nos naturalmente a uma reflexão mais aprofundada do objeto a que não se sabe – assim caminha o entendimento científico. Não é uma ajeitada filosófica ao axioma socrático: “- Só sei que nada sei.”, mas sim uma necessária cautela em determinados objetos sociais, que por serem sociais trazem significações diversas.

c) – O destino do Brasil – Crítica ao livro (O Povo Brasileiro – Darcy Ribeiro).

No livro – O Povo Brasileiro, em o destino do Brasil cita página 4447-448:

“Nunca houve aqui um conceito de povo, englobando todos os trabalhadores e atribuindo-lhes direitos. Nem mesmo o direito elementar de trabalhar para nutrir-se, vestir-se e morar. Essa primazia do lucro sobre a necessidade gera um sistema econômico acionado por um ritmo acelerado de produção do que o mercado externo dela exigia, com base numa força de trabalho afundada no atraso, famélica, por que nenhuma atenção se dava à produção e reprodução de suas condições de existência. Em conseqüência, coexistiram sempre uma prosperidade empresarial, que às vezes chegava a ser a maior do mundo, e uma penúria generalizada da população local”.

Em todo o livro O Povo Brasileiro – Darcy nos informa que a sociedade recém “descoberta”, a Ilha Brasil possui até os dias de hoje, uma sociedade sob três características básicas e fundamentais:

1 – Agrária na estrutura social;
2 – Escravocrata (na exploração econômica e na divisão do trabalho);
3 – De formação híbrida (recebendo etnias da África, os índios nativos e o povo europeu – principalmente o português).

Nesse sentido, a formação histórica do o povo brasileiro teve em sua composição todas essas influências que culmina ou que culminará em uma sociedade ainda muito violenta, alienada, famélica como cita Darcy e completamente atrasada em relação às emancipações civis e naturais dos mais pobres em outras regiões do globo.

A produção brasileira de bens e produção de alimentos era voltada para a exportação de commodities e demais matérias-primas também para o exterior.
Nessa situação, nesse contexto histórico, Darcy Ribeiro enxergará o Brasil como uma sociedade em aberto, pronta para o futuro mas com inúmeros problemas de natureza estrutural social para se resolver.
A feitura do Brasil passará pelo reconhecimento de sua identidade cultural, sua personalidade para que se torne uma nação do futuro, cabendo aos jovens e demais concidadãos –construir o Brasil como uma sociedade plural e atenta ao presente/futuro de todos os brasileiros e latinos.

Artigo: Menos borracha, mais hipóteses.




ARTIGO: Menos borracha, mais hipóteses. O que seria uma filosofia do conhecimento?Tentativas de generalizações filosóficas em “postulados” em considerar variáveis como: natureza física, homem, cultura, sistemas éticos/morais, conhecimento espécie em sociedade positiva/jurídica ou política organizada.

Anotações filosóficas sobre a natureza da História Natural. A ciência natural em fluidez independente da superestrutura criada pela espécie humana. Das dinâmicas geofísicas (independentes) do planeta em detrimento aos enganosos discursos pseudocientíficos na vinculação dos fluxos naturais aos fluxos e criações culturalmente adquiridas e tidas no senso comum como “naturais”.Crítica sobre o fenômeno pedagógico contemporâneo e a sociedade científica brasileira – A feitura de políticas públicas educacionais sob o viés científico e histórico – Anotações sobre as Políticas Afirmativas de Cotas Étnicas. Acerca do “fim da histórica” como refutação à própria lógica neokeneysiana e neoliberal nas restrições estruturais às rubricas estatais para C&T e P&D. Anotações sobre a natureza do discurso científico. Crítica sobre a natureza cumulativa e pública da História da Educação e da História da Ciência. Privatismos educacionais ou possibilidades de organização de projetos emancipatórios e libertários freirianos. Da dimensão falaciosa das induções democráticas e questões sobre o poder nas democracias ocidentais. Das dimensões do fenômeno pedagógico contemporâneo.

Palavras Chaves: Filosofia do conhecimento, História natural, Políticas educacionais, Pedagogia, Ciência e Tecnologia.

Palavras Chaves secundárias: Processo heurístico, Políticas Afirmativas, Postulados pedagógicos, Erudocracia/erudocratas, dimensões pedagógicas.

“Um bom aluno é aquele que gasta borracha em seu aprendizado. Não falo de mero processo binário, tentativa/erro mas na eterna sede de conhecer sua realidade para melhor agir e ser. Menos borracha, mais hipóteses!”

Existe muita literatura sobre ciência natural. Esse esboço procura adicionar e relatar algumas diferenças entre o que é estrutura cultural e o que é fluxo natural. Nossos superficiais juízos de valores não possuem conexão direta (a priori) com fluxos físicos da natureza - falamos dos juízos de valores humanos a fatos naturais, a fenômenos naturais que não podem ser classificados como bons ou maus, porem esses são condicionantes da formação da cultura humana.Explicação em excelência pela física experimental.

A produção científica e a concepção de um plano de Brasil Científico capilarisado em novos parques tecnológicos, conectados com os já existentes e voltados para o desenvolvimento interno.

Esboço proargumentativo agora das Políticas Afirmativas de Cotas (doravante PA). Ações inclusivas concomitantes do governo federal – REUNI. Da irrefutabilidade do critério socio-historico na feitura da PA.O Atuar científico sob o parâmetro público e cumulativo. A ciência não trata de particularidades nem inclinações éticas/morais.

A educação dentro da lógica neokeneyseiana a partir da concretização de Bretton Woods. Elitização e centralização da produção do conhecimento científico sob uma lógica também jurídica/contratual – onde o juridicismo tenta justificar de que forma uma parte vai ganhar e outra irá perder. Não existe sobrevalorização de capital, sem aceitar a manutenção do aumento do torno da mais valia absoluta no universo do trabalho e em seguida ao universo educacional.

Carta à comunidade UnB. O atuar científico e a Política Afirmativa de Cotas, uma perspectiva científica natural e acerca da filosofia da ciência. O Sistema Educacional Brasileiro sobre criteriorização soberana.


Vivemos numa sociedade pós-moderna, uma sociedade tecnológica. O Brasil é um país que mais novos internautas se conectam a rede a cada dia. Temos mais de 140 milhões de celulares, indústrias, prestadoras de serviços, inúmeras mercadorias não faltam advindas de mercados fora ou até mesmo do interno. Mas, veremos a seguir que a configuração de nossos PI e PT (parques industriais e tecnológicos), e nossa capacidade de gerar C&T e P&D é nula em diversos ramos da economia mundial. Nossa atual configuração dos PI e PT não atende soberanamente nossa população. O centro Oeste por exemplo carece de uma identidade econômica – sua diversidade ainda é pouca e cara.

A produção acadêmica do Brasil é baixa, vide índices no sítio do INPI (propriedade industrial).Produção de papers, artigos, inovações, patentes é também irrisória; Enfim, sabem e divulgam pouco ciência e seu método no Brasil. As contra argumentações em termos de aumento do número de papers não significa indicador seguro de um crescimento em setores estratégicos da economia. Nem extensão de conhecimento aos pobres.

Filosofia da Ciência Natural

Por vezes a natureza age de forma completamente diferente de nossa estrutura de valores aprendidos, nossa moralidade. Não que a natureza seja imoral ou antiética. Ela age, conforme suas leis não sob a égide da espécie.

Os elementos que compõe a matéria seguem suas causas físicas não pela vontade do homem, mas por suas leis fundamentais. A natureza age conforme leis naturais, a natureza não tem motivo, nem ideologia, nem é ética ou antiética. Tais construções são genuinamente humanas e culturais, não naturais.

Proposta de postulado em filosofia da ciência natural: [[O encadeamento lógico de causa-efeito da dinâmica da natureza e suas leis são variáveis independentes do processo de causa-efeito da culturalização do homem e de seus comportamentos sociais, onde esse primeiro encadeamento não depende do segundo.]]

São processo que também por vezes acontecem ao mesmo tempo. Mas sempre o ambiente de forma indeterminável, segue seu fluxo independente e natural, independente da volição humana. A natureza não age pela volição humana, mas segue em transformações nunca em “perdas” ou “ganhos” de matéria (Lavoisier).

O fluxo pelo qual a natureza se equilibra, não depende de uma sistematização ética prévia do ser humano. A natureza, não é boa nem má, não é justa, nem injusta. Natureza e suas leis, não possuem religião ou doutrina religiosa. Não confessa e não dá prova de Deus, nem também por seus feitos demonstra ser contra ou a favor dessa ou daquela religião ou sistema religioso.

A natureza dá causa ao feito homem e não o homem dá causa ao feito natureza. O homem depende da natureza e a natureza não depende do homem em se tratando de sua dinâmica geofísica geral.

Todas essas características das manifestações do espírito humano em detrimento a natureza, são antropomorfizações da mesma e de estruturas mentais da cultura do próprio humano que a profere. A natureza segue imparcial.Não se pende e nem tem volição a qualquer composto cultural humano. A natureza segue seu fluxo imparcial à espécie humana.

Suas leis principais (físicas e químicas) não são definidas pelo gosto ou inclinação ética, religiosa ou ideológica. São fatos demonstrados a qualquer hora e lugar sob um método lógico e racional; que de alguma forma possa mensurar (medir) objetos passíveis de comprovação científica sob uma teoria posta como verdade.

Um exemplo: Lei da conservação de energia (hidrelétrica capta/armazena por energia mecânica, energia elétrica, repassa ao meu radio para escutar música, que por sua vez transforma energia elétrica em sonora e em calor. Pois na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma (Lavoisier)).

Políticas Afirmativas (Cotas)

Negros possuem a mesma capacidade cognitiva de Brancos – fato. Mas as cotas se justificam não por um argumento biológico (que também é fato – negros e brancos possuem a mesma capacidade cognitiva), mas pela nossa grave situação socioeconômica. O critério biológico não justifica por si só, a não validade inclusive jurídica da PA (Cotas).

Ainda não se pode afirmar que a PA (Cotas) irá nivelar por baixo a qualidade do ensino superior no Brasil. Esse achismo não se comprova na realidade. Qual o parâmetro para o nivelamento? O meritocrático?

Daremos então, em questão de genocídio histórico, uma grande medalha meritória à nossa antiga aristocracia branca, hoje materializada numa classe rica e em sua maioria também branca, pela escravidão, matança e isolamento social de 24 milhões de afrodescendentes por mais de quatrocentos anos e que sem o repasse dessa exploração, hoje tenta sustentar seu status quo adquirido pelo capital acumulado. A contradição atual se configura – negro produziram em sociedade por durante quatrocentos anos, mas nunca deteve aqui no Brasil terra e meios de produção próprios.(( produção social, propriedade privada)).

Retornando à PA (Cotas), não existe nenhuma demonstração estatística de que o ingresso de afro-descentendes?nivelaria? para baixo a UnB. Mesmo por que o ingresso de negro não impede ninguém a produzir e difundir ciência.

Educação LDB;

A educação básica, segundo a LDB, é um problema estrutural do Brasil. Não se fala em EB, pensando em somente creche – profissionais da educação – escola – criança. O grande problema está na estrutura básica pela qual esses atores não conseguem atuar de forma contínua. A educação passa inclusive por uma rede estruturada de urbanismo sérios, saúde, cultura e esportes.

Pré-conclusões – Política Afirmativas de (Cotas):

- Não se tem* qualquer argumento estatístico que valide o cancelamento do processo da PA (Cotas). Mesmo por que a política ainda não acabou e não se tem como ainda avaliar e obter dados estatísticos.
- Ora, não se tem parâmetro, ou quando se tem o parâmetro é falso e/ou incompleto e aí se dá falhas em qualquer amostra ou dado posterior, assim como um efeito dominó.
- O critério meritocrático, não resolve um problema estrutural sócio econômico e que não abraça todas as situações concretas da sociedade de hoje. No DF são aproximadamente 80% dos jovens até 24 anos estão desempregados.

A PA (Cotas) não foi concebida e planejada para ser a panacéia social da massa jovem pobre e negra que precisa estudar até a Universidade. Não sendo a panacéia, também não é o melhor dos mundos pois ainda não teve o prazo determinado ainda percorrido, as primeiras turmas se forma em dez/2008.

Não tendo parâmetro para mensurar eficiência da política não se pode afirmar nada estaticamente.

“Existe branco pobre” – O entendimento é: Tratamento desigual aos desiguais sob uma criteriorização histórica. E de forma progressista ainda existem as seguintes possibilidades para o ingresso nas universidades públicas e cefet’s:


- Pro-Uni;
- Ampliação de vagas pelo REUNI;
- Agenda dos CEFET’S para bolsas;
- Monitorias;
- Bibliotecas públicas e particulares;
- Jornais, revistas e internet;
- Solicitação de pós-graduados;
- Solicitação de aluno especial;
- Demais estruturas das UF’s e CEFET’s;
- Auxílio de instituições do tipo: Capes, Cnpq, Ibict, Finep, MCT, Iniciativa Privada, própria comunidade.

Assim, implodamos das argumentações científicas rasas o critério meritocrático para vestibulares, para graduandos em sua permanência. Em labores de natureza específica pode-se até abrir ressalvas, mas a produção de ciência e de transformações sociais de ser fomentada ao máximo possível à comunidade/sociedade.


A disparidade socioeconômica da comunidade negra, crioula, quilombola em relação à comunidade branca, torna-se a premissa histórica de prova, condição sine qua nom par a justificativa teórica da PA (Cotas).

Pede-se mais especificidade, mais método acurado para chegarmos na feitura de políticas sociais. Mas não aceitamos as cotas antes mesmo de terminar a política afirmativa? Alias onde está o erro metodológico da PA (Cotas)? Ou será que devemos conceber políticas sociais pela paixão superficial de fatos por vezes difusos? Ou pela religião? E o gigante plural Brasil O conhecemos e o reconhecemos de forma etnográfica? Não são verificáveis estatisticamente tais disparidades históricas quanto à etnia?

Pensemos ações inclusive em curto prazo para a EB, mas também pensemos e temos que manter a positividade da PA (Cotas) para atender essa imensa massa negra.

Pensemos em ações multidisciplinares que abordem a vida cotidiana da matriz afro brasileira, agora brasileira.Que possa atuar de forma etnográfica, sob diversos pontos de vista e possibilitar vistas de pontos diferentes do Brasil negro, não do Brasil negro da mídia paulistana, mas de um imenso Brasil baiano e negro de Serra Preta, Ribeira do Pombal, Capim Grosso, Queimado, Carbaína, Nuguaçu, Jacobina, Jeremoabo, Pedro Alexandre, Sandra Frígida, Uauá, Patamuté, Pinhões, Abreu, Junco, Umaniú, Apamirim, Delfino, Gameleira do Assuruá, Ibitunane, Ibipetum, Upuçaba, Canaíba, Miniaçu, Itanagé, Ibitirá, Caraibuna, Guaripá, Mozondó, Iguara, Carrapichel, Tiguaçu, Sambaíba, Acajutiba, Ibatuí, Calambes, Batuí, Ibiporã, Tapiraipé. De um Brasil imensamente negro de todo o Tocantíns e Goiás, das formações quilombolas nesses dois gigantescos estados e também em toda a extensão do estado de Minas Gerais, um estado também imensamente negro e caboclo que se expressa em centenas de municípios pobres. E o que dizer do interior do Rio ao Brasil negro? Existem registro de aporte de mais de trezentos mil negros angolanos e de demais etnias africanas no século XVI e que deu origem a parte da negritude do povo brasileiro.

Pensemos agentes da educação na formulação de disciplinas para não acoitar a inteligência alheia com mentiras bem contadas que sob um manto de “historicidade” dar-se-á crédito ao falar erudito. Ao falar erudito que se apresenta como revisionismo.

Não adianta passar no vestibular e não se alimentar corretamente. Não ter acesso ao transporte público, elevando evasão geral nas UF’s elevando o custo geral da rubrica das mesmas que bate doze mil reais/aluno ano. A União se mensurar os prejuízos da evasão, trataria imediatamente de suprir transporte gratuito para universitári@s/estudantes em geral e boa alimentação também gratuita ou barata para universitári@s e que ainda sim, traria folga aos seus próprios cofres. Uma irracionalidade também advinda da falta de compromisso dos educandos em Pedagogia de todo o Brasil na formulação de seu curso, grade, perspectivas acadêmicas, possibilidade de fazer pesquisa, criar projetos relevantes, atuar no social sem demagogia acadêmica que estaria somente preocupada com um pragmatismo destituído de uma práxis que aponte para o indizível de Lispector – Liberdade é pouco, o que eu quero não tem nome. Aqui não é uma questão de capacidade intelectual, mas de feeling cível e existencial.

Não almejamos, pela democratização do conhecimento uma liberdade louca, mas uma louca liberdade de poder pensar a realidade da sociedade em que vive da forma que lhe der mais significado, que lhe simbolizar melhor tal realidade. Não é pelo fato de viver e usufruir das virtudes da democracia como sistema de governo é que tenhamos com pesquisadores a audácia de não por em xeque pilares, aforismo, axiomas do próprio sistema democrático? Ora, sua concepção loqueana/rousseana num contrato social nunca levou em consideração todas as partes, todos os entes sociais envolvidos na “virtuosidade de um contrato social” chancelado pelo poder de lei instituída, onde de um lado um sistema dita o que devemos pensar, comer, fazer e/ou produzir e de outro lado pequenas “ilhas” de resistências libertárias identificadas em teoria científica, movimentos sociais, lideranças políticas ou pensadores.

A difusão e democratização de conhecimento científico é pouca e setorizada, somente dois por cento dos jovens brasileiros tem acesso à universidade, à pesquisa esse número é ainda bem menor. Na Argentina a porcentagem é em torno de quinze por cento. Por vezes soa até mal falar das possibilidades de fazer pesquisa e/ou extensão universitária no Brasil. O jovem brasileiro enxerga as UF’s somente para super heróis da intelectualidade por conseguir passar no vestibular. Depois, arqueia à carteira sua cerviz e mente, escuta o falar dos educadores, volta pra casa, dorme e novamente, dia após dia, arqueia à carteira sua cerviz e mente se alienando e se deixando alienar seja pelo comodismo ou pelo desânimo como discente.

A situação se apresenta por uma natureza anti pedagógica/heurística. Certamente centenas de formados não possuiram perspectiva crítico ou pensamento pedagógico.

O que falar de nossos parques industriais e tecnológicos, voltados para mercado externo e capital internacional, grandes contratos, cláusulas de adesões em corrente e um total descompromisso de inteligência, de gestão e de soberania. Tudo isso deixa em frangalhos uma pretensa política científica e educacional no Brasil.

Bilhões da rubrica do MCT são negociados pela lógica contratualista e acabam em processos de P&D que são para descobrir um melhor cosmético para a vaidade moderna que por um lado libertou a sexualidade feminina mas por outro impôs uma ditadura da moda moderna sob as tendência de Channel até aos da contra cultura em Woodstock. Em sentido científico, o mercado está mais preocupado na estética ocidentalizada do quê na segurança alimentar de bilhões. Essa lógica está impregnada na liberação de rubricas estatais para C&T onde deveríamos evidenciar a Embrapa, a tecnologia em agricultura de precisão, em biotecnologia etc.

O descompasso também afeta as políticas de C&T, P&D para o povo e sociedade. Dando vazão a contratos escusos não se investe mais em parques tecnológicos para produção interna, mais barata e acessível a todos. Torna o problema cíclico e complexo.

A produção e divulgação de conhecimento científico (já com os 41 bilhões pelo MCT); ainda está elitisado e de difícil acesso para trabalhadores rurais, camponeses, trabalhadores autônomos, mulheres desempregadas e jovens.

Não existe articulação das ações da rubrica do MCT para atender pelo poder da tecnologia tais necessidades. O comércio geral de mercadoria é produzido para fins práticos, úteis, mas hoje o útil é fetiche, e o fetiche é utilidade. Coisificaram o homem e humanizaram coisas e nessa relação de inversão moral, C&T fica ao plano corporativo ou contratual. Ou na utilização de recursos públicos para pesquisar demandas exclusivas de pessoas que tem muito dinheiro.

O atendimento da LDB, em planos de C&T passaria pelo atendimento de INFRAESTRUTURA municipal, estadual e federal visando dar melhores condições de vida ao brasileiro.

Em questão de produção científica e ações continuadas de extensão o “nivelamento” pelo parâmetro vestibular não é seguro e não demonstra nenhum tipo de relação entre quem passou ou não e quem produz ciência ou não dentro e fora da academia. Isso por que ambas podem acontecer – feitura de Ciência dentro ou fora da academia.

A academia não deve ser acessível somente pelo critério meritocrático, mas como ferramenta primeira de desenvolvimento local, descentralizado, voltado para as necessidades da comunidade.

Do processo privatista neokeneysiano/neoliberal de Bretton Woods á situação atual.

A privatização das uf’s e cefet’s é inconstitucional e destituída completamente de sentido soberano. Seria simplesmente parar de pensar o Brasil como nação soberana na produção de conhecimento científico.

Tendo acesso as uf’s e cefet’s por gordas mensalidades é acentuar a privatização e elitizar ainda mais as Universidades Federais. Um contra senso se forma em termos soberanos e de inteligência, mesmo por que tal privatização e agora uma brutal extensão do privado na educação que perigosamente, impõe restrições diretas à produção de pesquisa e extensão.

Retornemos aos salões da fina flor da belle époque no decretar do fim da história (ver Hegel e posteriormente Fukuyama)? Como a mentira paira na afirmação da superação de uma democracia capitalista ocidental em detrimento a inúmeras formas de existência que sequer possui moeda ou a lógica capitalista? Não sabem que a História humana e a História da Educação são também dinâmicas, abertas, dialéticas e nunca se reescreve em sentido lato?

De forma estrutural e conjuntural inúmeros fenômenos se repetem (ver as crises financeiras), mas nunca sob proporções e impactos socioeconômicos diretos e também culturais aos povos em sentido lato, metaestrutural, metaconjuntural ou metahistórico.

Perceber a Educação e a Pedagogia sob uma lógica contratualista e capitalista nunca dará em termos sociais a possibilidade de pensar um sistema de fomento e concretização de pesquisa em massa e sua extensão aos pobres, aos esfarrapados de Freire.

Educação não é mercadoria e não deveria estar sob a égide de lógicas puramente contratualistas e financeiras, chancelada legalmente pelo encontro de Bretton Woods* em 1994 nos EUA. (Vide nota complementar.).

O resultado foi a execução de todo um corpo de políticas para os países emergentes de elitização do conhecimento científico tendo por base teórica o neokeneysianismo. Um desastre total em termos de inclusão de consumo e acesso à produção científica.

Assim, a privatização elitiza o conhecimento científico e o acesso às uf’s e cefet’s. No caso da UnB é até lógico, a potencialidade da UnB com um patrimônio de mais de 1.2 bilhão de reais torna-se uma boa estrutura para lucrar no repasse de ensino solapado, desatualizado e até mesmo irrelevantes ou insignificantes as aspirações dos educandos.

Como a UnB por natureza é autônoma e pública assim deve se manter, devendo capilarizar e descentralizar mais suas instalações, produções científicas, se abrir para parceiros (públicos e privados, outros órgãos da máquina etc) sob a fiscalização de sua própria autonomia e fins possibilitar a produção de mais pesquisa e de mais resultados positivos. Um exemplo bem atual que acontece aqui no Brasil foi a descoberta de como fazer plásticos 100% biodegradáveis à partir do trabalho de bactérias. Tal descoberta é de pesquisadores do interior de São Paulo, da área de biotecnologia. Tudo pesquisa brasileira, com resultados importantíssimos para a indústria e bem estar social de toda a população brasileira.

E por ser autônoma, deve também decidir por ela mesma, a validade ou não da PA (Cotas) após o término da política e tabulação de dados para análise.
Como para nós, não existe problema com o objeto da política, nem nada é proposto para a realidade nacional, prevalece a política. Não há problema – não há hipótese – não há teste de hipótese – não há análise de resultado de teste – Rejeição científica, processo incompleto e sem lógica.

O atuar científico

Como citado anteriormente no esboço de uma filosofia da ciência natural, em referência às leis naturais e a realidade existencial, nunca está totalmente coberta pela visão etnocêntrica, aliás, sempre restringe muito o entendimento científico achar que sua cultura, religião ou cosmovisão é mais desenvolvida do que outras. Nem se deve, na feitura de planejamentos de C&T e P&D visões egoísticas.

Não. A realidade vista e demonstrada pela Ciência, não está ao bel prazer de ideologias ou inclinações éticas, que o diga ao interesse financeiro. Logicamente sua feitura depende de recursos financeiros, mas o fim de se produzir pesquisa científica, ou repassar conhecimento é que deve estar para além do capital ou do puro interesse financeiro.

A soberania nacional em termos estratégicos e de inteligência é mais importante do que financeirizar a educação ou os processos de ensino-aprendizagem.

A realidade explicada de forma cumulativa pela academia não está pautada por paixões e achismos, isso por ser (a Ciência) cumulativa tornam-se públicos métodos, resultados e seus louros a todo o povo. A cultura do patenteamento não exclui uma radical democratização do conhecimento científico. Ciência ao povo para obtenção de uma sociedade virtuosa pedagogicamente.

A Ciência e seu método não tratam da particularidade de ninguém, seja homem ou mulher, jovem ou adulto, rico ou pobre.

Fenômenos ditos naturais e sistematizações históricas são corroboradas por uma linguagem exata e de conceituações práticas que se demonstra na realidade dos fatos que acontecem.

Também se fundamenta nas evidências acumuladas durante a histórica da ciência e das ciências sociais. Deveria ter as decisões sociais balizadas em mais status científico pelas evidências acumuladas do que pela uma única argumentação binária e superficial de maiorias votantes ou do corporativismo pessoal.

Assim sendo, dentro da irrefutabilidade do critério histórico das PA’s fica a pergunta:

O que querem os anticotas, reescreverem a história do regime escravocrata? Reescrever o genocídio de 24 milhões de afrodescendentes explorados e mortos da captura ao trabalho servil?

O que querem portanto a comunidade UnB e demais lideranças estudantis que são anticotas? Querem reescrever a história escravocrata brasileira? Querem ser eternizados como revisionistas sem norte? Que glória teria isso? Onde está tal revisão histórica? Apresentem-se revisionistas suas versões? Onde estão? Não se faz História da Educação com teses engavetadas ou publicadas sob a égide de coisa financeira, de mercadoria, de negócio contratual? História da Educação é primeiramente uma conjunção de historiadores que afirmam sob vasta literatura que dirá que a Ciência é pública e cumulativa, não privada e feita sob o mérito de meia dúzia de eruditas ou doutores do capital representando poderosos conglomerados societários e demais corporações.

Apresentem revisionistas - tal sistematização que suspenderia temporariamente o aberto e público apoio político à PA (Cotas). Cabe agora a contra-prova dos revisionistas.

Alguém se apresenta necessariamente publicamente, para sistematizar uma revisão histórica de quatro séculos, indicando condicionantes e determinantes que apontam para uma não existência de uma sociedade escravocrata e da não existência de um genocídio étnico/racial de 24 milhões de afrodescendentes (ver RIBEIRO, Darcy).

Apresentem-se os revisionistas, que temporariamente torna-se suspensa tal crítica pública.Apresentem-se e detalhem, também sob vasta literatura da História da Educação que o conhecimento científico se formou sob a mente de poucos iluminados e que a Ciência e seus fins deve ser democratizada somente sob o parâmetro do mérito adquirido numa volátil prova de vestibular ou da disponibilidade financeira para pagar ensino superior.

A quebra dessa lógica em ver e entender Ciência é possibilitar que nossos educandos “gastem borracha” pela imaginação e pelo pensamento científico na feitura de teses, investigações e pesquisas científicas. Não se trata de uma questão de procedimentos de tentativa e erro, mas de uma eterna busca do educando pelo saber. Trata-se de um processo heurístico que acontecerá pela percepção subjetiva e cognitiva do educando em contato com o outro e com a descoberta de quê a realidade existencial pode ser estudada, perguntada, fantasiada e entendida não somente pela linearidade do vestibular, mas também pela flexibilidade da visão poética/artística ou do próprio processo pedagógico/heurístico.

Possibilitar o educando a aprender a aprender e a refletir o que aprendeu para se libertar do condicionamento do “saber epocal” (do saber de sua época histórica) da qual aprendeu na escola e na sociedade. Aqui se encontra o germe de possibilidades na implementação de uma pedagogia freiriana libertária. Possibilitar que a sociedade humana se emancipe e se liberte por um processo pedagógico de conscientização/politização das massas que vise acumular força e resistência ao modus operandi do capital em detrimento à natureza pública e cumulativa do fenômeno educacional, do fenômeno pedagógico contemporâneo e da Ciência.

Nota sobre o neoliberalismo em Bretton Woods e a educação nos emergentes.

Nos oito anos do governo FHC, a lógica privatista imperou e ainda impera na desestruturação e desregulamentação do Sistema Educacional Brasileiro e na articulação de sistema de pesquisa em inúmeras uf’s e cefet’s. Na feitura de literatura científica, mas ainda totalmente desarticulada das necessidades locais, produtos e cursos caros, ainda inviáveis para a grande maioria.

Nesse estranho contexto fica a pergunta e onde fica todo o labor mental de uma boa parte da comunidade científica acerca das diretrizes do livro verde e branco do MCT?

Menos produção científica, menos produção material, menos produção econômica, maior a escassez e aumento dos preços de alimentos e itens de subsistência, mais problemas sociais.

Com a produção científica agora pela lógica neokeneysiana, pode-se afirmar – O Brasil não possui uma continua e sinérgica produção científica – voltada para aos brasileiros. Nossa matriz econômica ainda está vinculada e atrelada às vicissitudes do capital. Com isso, por uma lógica contratualista; o que produzir, quando, como, onde, por que e para quem produzir são perguntas que já estão dadas na realidade social e sua superação somente com a superação de parte das estruturas incorrigíveis do capital. Os altos juros tiram o oxigênio das ações da União para promover Ciência e Educação aos pobres, aos esfarrapados de Freire.

Nessa arquitetura financeira viciada, a lógica queria levar a educação para o ciclo – produção de ensino – cobrança de matricula – instituição emite papel acionário – instituição e produção educacional voltada para o mercado e lucro.

O atuar científico não é pautado pelo romantismo. O atuar científico não é pautado pelo romantismo tacanho, pela pieguice capitalista em enumerar casos como: “- Olha, era tão pobre e agora conseguiu subir na vida...”;”Meus pais eram semianalfabetos e pobres e pelo estrito mérito deles hoje tenho minha casa e meu carro”; “Quem tem competência e perseverança consegue se permanecer com um bom padrão de vida.”; “- Os pobres da sociedade deveriam ser mais perseverantes”; “ – Os pobres estão nessa situação por que querem, por que são vagabundos e preguiçosos”. “- Veja, era cortadora de cana e agora é professora.” Veja o Silvio Santos, ontem camelô, hoje empresário milionário”.

E com essa infinitude de induções escorregadias ao juízo, pois esse tipo de indução que leva situações particulares para supostas leis gerais, inclusive visando supostas leis sociais, mas que na verdade quer é estancar por um processo de despolitização que o cidadão comum não deve ter acesso ao por que da sociedade ser pobre, ou dividida em milhares de pobres que sustentam poucos ricos? A natureza dessas induções impossibilita o pensar social, o pensar estrito sociológico ou libertário.Identifica-se mais um engodo da democracia que é repetida ad nauseam, sob inúmeras formas e jeitos retóricos para impor mentalmente, verdades que soam como naturais – mas que são na verdade interesse unilateral do capital em seu fim de somente sobrevalorizar-se para se perpetuar sem produzir. Inúmeras nuances e a própria democracia são construções humanas e podem muito bem serem superadas conforme a História humana se desenvolve. Democracias, Monarquias, Estados únicos podem se contrapor, se complementar em sentido político-jurídico mas todas elas também são construções sociais e que podem, pela auto determinação dos povos reformular tais situações em relação a sistemas de governo – fora a grande contradição teórica e prática do poder do capital exercer sobre o “poder” democrático, estrutura e marcos jurídicos e instituições criadas.

As induções democráticas do tipo (ontem pobre, hoje rico) são uma grossa mentira estatística, o IBGE demonstra que o extrato social pobre permanece em sua totalidade e em termos percentuais aumenta, não diminui pelas “virtudes” da democracia.

Para quem conhece um pouco de Ciência, a proposição é falaciosa e afronta a realidade que se apresenta contraditória ao que é proposto. Vender que a democracia funciona e que em sentido político pode ser considerada com o “fim da história” é de suma importância para que muitos veem a decretar esse fim da História humana. Novamente um engodo de fazer vergonha à dinâmica aberta e dialética dos fenômenos sociais. Novamente uma grossa mistificação sociológica, que vergonhosamente oferece induções falsas para justificar que o contrato social democrático é tido como o pináculo da verdade em termos de ciência política ou de economia política.

A sectarização do ¿sistema democrático como pináculo em ciência política torna-se um perigoso jogo de palavras polidas e juridicamente (dogmaticamente) perpetuadas como natural. O jusnaturalismo é uma perversão, é um estupro à diversidade existencial e à diversidade de cosmovisões que o homem criou por meio de sua cultura. Torna-se um estupro por que admite teoricamente como condição natural o direito à vida, mas esfacela diariamente cidadãos em confrontos desiguais.

Algumas estruturas provavelmente se estabelecerá no tempo, o capital possui virtudes mas estruturalmente nunca esteve tão frágil as democracias latinas, africanas, as repúblicas indo/chinesas e nos demais países periféricos ao capital global e que já coloca tais sistemas de governos em choque novamente à nuances da sobrevalorização do capital em si – como o comércio bélico que sobrevive pela destruição de povos e recursos naturais.

As democracias estão numa encruzilhada essencial – ou assume a não virtude adquirida dos direitos humanos básicos e passa refletir orgânica e institucionalmente sobre a questão, ou chancela de vez a exploração contratual, onde as partes envolvidas são engolidas não por contratos sociais, mas por imposições unilaterais sejam corporativas, estatais, legais ou institucionais que engolirá as partes mais fracas e imporá, com já impõe unilateralismos políticos, econômicos, sociais e culturais diversos. O contrato social é um contrato unilateral onde a violência (germe do capitalismo) é quem dita as regras.

O resultado é um eterno tensionamento do poder nos sistemas democráticos, que estará logicamente sob sua força maior – o capital. O poder nas democracias atuais gira em torno de um centro de gravidade, cuja força é o capital, não os poderes do sistema de governo que sob um tensionamento natural (advindo do sistema de freios e contrapesos de Montesquieu) agora na comunicação, se vê atrelado a lógicas de poder do capital e da mídia global, não do legislativo, não do poder de polícia ou do poder administrativo do executivo ou do poder legal do judiciário. Tudo na democracia em termos da detenção do poder está formalmente vinculado à abstração “povo”, mas concretamente ao capital como centro irradiador e criador do poder no sistema democrático. O poder nas democracias capitalistas emana do capital em última instância, não da abstração filosófica - povo. Todo o poder nas democracias ocidentais emana do capital – isso por que o poder governamental “corre atrás” dos ajustes do capital (exemplo: movimentos cambiais) para ajustar seus orçamentos já totalmente endividados e sujeitos à volatilidade do próprio capital, que volta e meia aperta o torno da mais valia absoluta para se sobrevalorizar. Isso é patente no sistema com um todo orquestrado. Norteado por uma doutrina dogmática do financiamento, da especulação ou dos inúmeros ajustes contratuais, que encontraram na letra e nas entrelinhas da lei, formas de perpassar sua hegemonia de poder aos orçamentos estatais.

Definitivamente a democracia não se institui no poder deliberativo de seu povo, mas num centro de gravidade que a tudo “puxa” para sua forma de manutenção, seu ente se entende por capital. Capital como um organismo vivo, de fisiologia e metabolismo vinculados na sociedade, na política, no estado, na religião e nas relações sociais em diferentes níveis e graus. De diferentes formas e maneiras. Sob uma chancela jurídica contratual e aceita como natural pelo estado e também pela sociedade moderna.

De forma análoga – suas construções injustas também são percebidas com “naturais”, ou como socialmente justificáveis. Pela quarta vez, mais um engodo ideológico do sistema conhecido como democracia.

Em continuidade ao atuar científico, devemos nos atentar para a necessidade de não tornar o debate científico um mero jogo retórico personalístico, de crítica rasa, pessoal, apaixonado. Ciência não se faz com romantismo nem com jargões e clichês repetidos do senso comum, das novelas, da TV e mídia de massa. Ciência pode corroborar o senso comum, mas é mais completa e sua natureza (na forma de ver o mundo) é mais aguda e interessante do que o senso comum como forma de explicar as coisas como são e do por que acontecem.

O compromisso científico deveria ser somente voltado para as questões de soberania nacional, questões reais, não para intrigas e futricas pessoais nem tão pouco interesses escusos de erudocratas, professores intocáveis ou doutores honoris causa para preencher o formalismo rebuscado ou protocolos academicistas cheios de rendas e franjas intelectuais.

O academicismo pomposo, destituído de poder de vontade (vide Nietzsche), destituído de fim lógico é a teatralidade pela teatralidade. Tal universo é sempre identificado pelo falar rebuscado e por uma característica adulação para enganar aos educandos em discursos doces. Geralmente é também destituído de qualquer visão sociológica ou libertária. Na maioria das vezes que esse universo ultraintelectual brada sobre nível acadêmico vemos personalismos ou belos enredos de novela.

O pensar científico não imita a arte e seu conteúdo subjetivo, a ciência segue seu curso cumulativo e público na explicação neutra e impessoal de um objeto predeterminado da realidade existencial. Mas a não imitação, não exclui o artístico no científico – ou que se submeta o pensar científico a uma estética artística ou ideológica, ou puramente acadêmica. As esferas se complementam não se excluem em última análise.

Por vezes o eruditismo argumenta da forma ad nausem, obscura, difusa e sectária e sem vigor político pautado na realidade cotidiana. A verdadeira retórica pela retórica destituída de sentido científico mas que é carregada de sentido ideológico que irá encher a “pança” dos pobres educandos com o conteudismo idenficado por Paulo Freire numa espécie de pedagogia bancária, onde o educando seria um mero depósito de informação. Infelizmente o processo de ensino-aprendizagem iria se deteriorar quanto à saciedade de conhecimento de nossos educando.

Hoje; infelizmente o estado brasileiro ainda oferece uma “alimentação intelectual” aos nossos educandos de forma incompleta. Enganos, erros historiográficos, volição a ideologias, volição ao naturalismo do capital em atuar na vida cotidiana, enganos pessoais, ilusões e autoilusões, erros analíticos são repassados dos educadores aos educandos sem a devida análise crítica e superação em análise crítica contemporânea em se tratando de situar esse modelo de sociedade e de difusão do conhecimento. Tudo tem impacto na tacanhice e no desgaste institucional já identificado em currículos, grades horárias, disciplinas desatualizadas, assuntos irrelevantes, personalismos de literatura, enviezamento da discussão do universo pedagógico (natureza, objeto(s) de estudo, problemáticas relevantes e perspectivas) principalmente em se tratando da formação geral das em licenciaturas.

Como o universo pedagógico também se restringe conforme a difusão e acessibilidade aos louros da produção científica, temos ainda empecilhos curriculares e de formação, pedagogo com formação geral fraca e despolitizada, licenciados que sequer tem perfil ou experiência de sala de aula e também bacharéis que sequer tem acesso às instituições que poderiam lhe proporcionar pesquisa e fazer extensão como atuação pedagógica.

Sobra nas UF’s, guardada suas devidas proporções e exceções - uma retórica que é vista na formulação de uma cultura livresca adorada pela grande mídia, mentalidade típica de nossos docentes de UF’s sem sequer entender com funciona o departamento vizinho. Sem ao menos participar de uma reestruturação de fins institucionais soberanos. Sonhar Darcy Ribeiro é possível em se pensando em termos de atuar no ambiente pedagógico de forma transversal e científica – motivada por um eterno desafio de levar conhecimento, pesquisa e resultados práticos à sociedade brasileira. Sonhar Darcy é também admitir que sob um caráter institucional a UnB liberta, mas também oprime. A História irá identificar figuras como Darcy Ribeiro, como Anysio Teixeira como virtuosos, mas paradoxalmente, também sob um caráter histórico, seus projetos assassinaram dezenas de trabalhadores que infelizmente perderam suas vidas na construção da Universidade de Brasília. Em sentido pedagógico – UnB virtuosa, em sentido Histórico existencial, paradoxal pelo aumento de quadros erudocratas, centralização do conhecimento e pesquisa, acessibilidade ainda elitizada onde somente dois por cento dos jovens brasileiros tem acesso à uma vaga gratuita em uma uf ou cefet. Nos estados e municípios o acesso também é restrito aos jovens brasileiros.

A desproporcionalidade e inexistência de políticas educacionais para atender a LDB são acontecimentos factuais e dependerá muito da difusão de C&T, na estruturação de dinâmicas sociais opressoras para dar condições de produzir P&D e de um novo atuar científico e pedagógico possível aos agentes da educação.

A alimentação intelectual de nossos cidadãos deve ser em sentido emancipatório não de mero depósito de informação. Educação e ciência pedagógica para emancipar o homem não para reproduzir discursos, lógicas ou tendências atuais. Não se trata também de impor qualquer sistema disciplinar pré-estabelecido mas construí-lo juntamente com a sociedade local, alvo do repasse de conhecimento, alvo e fim do atuar pedagógico.

Aos conservacionistas o entendimento independente dos fluxos naturais. A natureza não age conforme o bel prazer ou ideologia humana, mas a mesma possui sua fluidez própria.

Como tal fluidez natural também molda a sociedade humana, inclusive sua superestrutura e nuances histórico/culturais, teima o homem em sectarizar o conhecimento científico impondo (pelo desconhecimento da própria Ciência e sua História) condicionantes inexistentes, falácias e enganos freqüentes que determinaram as corruptas relações entre o estado, iniciativa privada em conglomerados financeiros e sociedade que sustenta as rubricas para C&T e P&D, mas que não se tem acesso aos louros da Ciência ou do ensino acadêmico.

Retorna a sociedade científica brasileira aos auspícios do desenvolvimentismo contratual e financeiro de uma elite política conservadora que irá manter os louros e produção científica somente dentro dos muros das universidades, museus de história natural ou bibliotecas – templos intocáveis aos mortais – acessível somente aos “iluminados” erudocratas. Esses mesmos erudocratas, em sentido pedagógico, ocultam determinados tipos de conhecimento à sociedade, excluindo segredos industriais e informações militares – ainda existe conhecimento restrito somente a algumas academias ou doutores.

Torna-se agora a República Federativa do Brasil – uma erudocracia, uma plutocracia cristã sectária moldada historicamente pelo poder generalizador e padronizador do capital e seu fim em sobrevalorização especulativa.

Depois desse pequeno artigo, ainda devemos anexar uma dimensão pedagógica ainda não citada, a do saber tradicional, repassa de geração após geração pela prática diária de suas formas de vida. O saber também é repassado de forma inclusive pedagógica, de geração após geração pelos costumes, cultura geral. A utilização medicinal de plantas na cura de doenças é assim adotada por milênios pela espécie e muito desse conhecimento ainda não tem chancela científica mas nem por isso deve ser descartado, inclusive por que sob essa dimensão também pedagógica, a tradição também nos aparece sob uma possível via educacional, sem sombra de dúvida. A educação não se restringe aos muros da academia.

Apesar de possuir uma dimensão formal/institucional para falar em nome da Ciência, conhecimento também é repassado pelas espécies sem o controle, sem a avaliação científica de proposições, por exemplo, dentro da fitoterapia. Atentemos também que a modernidade é padrão ocidental adotado mas a diversidade antropocultural e de “saberes” deve ser respeitada como diversidade existencial e que também requer uma dimensão pedagógica própria. Uma pedagogia própria para perverter, para destruir/reconstruir as necessidades da modernidade em significar e simbolizar a realidade. Ou (re)significar, (re)simbolizar a realidade. Admitamos que a realidade se mostra dialética, aberta e em devir filosófico também para as atuações pedagógicas contemporâneas.

Avaliação das Organizações Educativas (Estudo dirigido I)



Estudo dirigido 1

1) Segundo a autora, quando surgiu no Brasil a problemática acerca da Avaliação Educacional?

Em 1920 até a década de 30 o estado brasileiro, não tinha critérios claros de como avaliar o aprendizado, os professores a escola e seus próprios modelos avaliativos. Por ser um fenômeno complexo e que deve seguir necessariamente as mudanças das demandas educacionais e da própria complexidade e crescimento em escala dos objetos educacionais, o estado passou em 1920 a se atentar para a importância de ser parâmetros para avaliar com eficiência instituições, métodos, alunos, professores e até suas próprias avaliações que existiam.
Com o passar do tempo histórico, o estado brasileiro apesar de perceber o aumento da complexidade e da necessidade de se ter instrumentos mais acurados de avaliar, fora as novas demandas socioeconômicas e científicas/tecnológicas deixou a temática de lado para implementar uma real política avaliativa de estado. Com isso, abriu-se espaço para a atuação e fomento de projeto avaliativos por órgãos e/ou instituições não estatais como no caso do Banco Mundial e instituições educacionais privadas.

2) Quais foram os fatos que marcaram a avaliação educacional nos anos 60?

Para o estado (agora na era militar) veio o “tecnicismo” tendo por objetivo o desenvolvimento e a segurança inicia-se a organização por ciclos, liberação de investimento público em instituições privadas que passam a emitir certificados.

3) Nos anos 70, qual era o programa que contava com recursos do Banco Mundial, BM?

Com a não atuação estatal nesse período, a linha político/pedagógica de programas avaliativos e de expansão/melhoria do ensino rural no nordeste - como o Edurural foram financiadas e implementadas pelo Banco Mundial. Sua metodologia anos depois, era coletar dados relativos ao desempenho e rendimento escolar, abraçando também variáveis como: condições físicas (¿nutricionais) dos alunos, condições físicas das escolas rurais, impacto social nas famílias dos educandos.

Os resultados foram logicamente, um rascunho situacional do estado da arte da educação fundamental no meio rural nordestino nas décadas de setenta e oitenta – evidenciando a triste realidade da educação no interior nordestino.
Com a obtenção mesmo que parcial do estado da arte da educação no interior do Brasil, o estado passa a retomar seu interesse por tornar mais científico os processos avaliativos. E em sentido institucional, passa principalmente com o estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais a compor agora os ciclos avaliativos do INEP. A partir desse ponto, o escopo do processo avaliativo, não se restringia somente a avaliar ou quantificar quantos acertos em português ou em matemática mas sim uma avaliação que incluiria a existência ou não da influência de fatores socioeconômicos na escolaridade.

Na década seguinte (1990), São Paulo, pela implementação de um novo sistema de avaliação – conseguir obter índices significativos que indicariam a forma insatisfatória que os alunos aprendiam o português e matemática. Em redação uma grande heterogeneidade foi encontrada (inclusive em alunos da mesma série). Indicou os novos índices de que os educandos do período noturno apresentaram resultados bem inferiores aos educandos de outros turnos.

A tendência na adoção por políticas avaliativas mais reais foi seguida pelos demais entes da Federação. Minas Gerais – pela influência de professores europeus, contratados em 1920 – passou também a avaliar os agentes da educação fazendo links e trazendo variáveis que estavam a priori fora do universo escolar (fatores socioeconômicos, participação dos pais e comunidade) na alfabetização e escolarização dos iniciantes e jovens. Tal contexto também abraçou questões específicas da escola como: características do corpo docente, espaço escolar adequado ou não, currículos, práticas institucionais etc.

Quatro anos após São Paulo implementar um sistema avaliativo mais acurado e que pudesse atender às reais demandas da sociedade em termos educacionais, no geral, já se identificava 414 municípios com esse tipo de sistema avaliativo e que teriam que considerar também a autonomia didática/pedagógica, política e financeira da escola – (apud Souza 1995 e 1999; Neto e Rosenberg 1995).

A seu juízo, por que o BM investiria nesse tipo de programa?

Essa pergunta é essencialmente política/ideológica. Torna a questão uma questão de linha política a ser adotada. Objetivamente e até paradoxalmente o Banco Mundial não visava, ou visava parcialmente o desenvolvimento escolar rural e também urbano das novas gerações de brasileiros, entretanto – com o enfraquecimento do estado brasileiro no pós-guerra e sob o pensamento do estado mínimo e do viés privatista – o Banco Mundial veria a situação como Banco, como uma oportunidade de negócio, como uma oportunidade de obter dividendos, não para real emancipação ou formação de sujeitos críticos.
O banco mundial, por ser um banco – visa (va) além da alienação social (pelo controle da informação e da educação) poder implementar sua linha política, conforme cartilha liberal, na livre negociação do “negócio” educação na América latina à lógica do mercado.
A discussão está ainda presente no universo educacional. Afinal, como pode um Banco (que tem por fim o lucro ou sobrevalorizar seu capital) investir em educação que possa ser instrumento de refutação ou crítica social – inclusive de sua própria política e/ou ideologia? Assim, a discussão ainda permanece em aberto, pois o Banco Mundial e a acrescente mercantilização da ciência, do conhecimento e do processo pedagógico deveriam ser direitos líquidos e certos a todo cidadão brasileiro, ou somente devemos tratar o universo e o conceito educação com características de uma mercadoria obtida no Shopping ou supermercado? Quem tem dinheiro se “educa” e quem não em dinheiro não se educa?
Não seria plausível considerar o “ninguém educa ninguém, ninguém educa o outro, o homem se educa em comunidade” (FREIRE, Paulo)? Não seria o fenômeno pedagógico aberto, dialético e que se consolida de forma histórica e cultural, na integração dos agentes primeiros da educação? Ou se faz educação com somente investimentos e lucro?
Se não, qual a SÍNTESE para se entender a melhor forma, por que, quais condicionantes e determinantes no repasse de conhecimento e saber pela espécie?
Como podemos identificar, entender ou mensurar um fenômeno estritamente pedagógico? E quanto aos fenômenos pseudopedagógicos? Aliás, podemos falar em situações concretas que acontecem na escola que não são estritamente pedagógicos?
Lembremos que por ser um fenômeno aberto, não significa que pode o fenômeno abraçar todas das variáveis sociais e/ou existenciais – ter um escopo imenso da qual inviabiliza qualquer futura proposição quanto à fenomenologia proposta acima.
Esses últimos questionamentos são de estrito sentido pedagógico. Pergunta-se por uma síntese por que abrimos o debate de preferência de forma dialética, por que – sob uma forma linear, ou binária, preconceituosa ou de natureza não estrita pedagógica pode o debate enviesar para SOMENTE o terreno psicológico, pois existe uma fortíssima corrente de pensamento que realmente considera como verossímil se a erudição Psicométrica ou médica dizer “a” ou “b”, torna-se instantaneamente um postulado científico. Plenamente demonstrável da não possibilidade pedagógica de alunos assim, ou “assados”, sob o diagnóstico “x” ou “z”, sob índices avaliativos “w” ou “r” serem absolutamente incapazes de aprender?
Particularmente, enxergamos a situação como uma situação que desnuda claramente interesses políticos, ideológicos/estratégico de grandes conglomerados de empresas/instituições educacionais que solapam a educação como ferramenta para obtenção de emancipação social.
Traz também algumas considerações especificamente com relação à natureza do fenômeno pedagógico – por segundo a Profª Drª Maria Abádia da Silva – possui um corpo epistemológico próprio.
Pela lógica mercantilista a educação fica somente no terreno do ensino (tendo uma qualidade questionável) raramente sendo discutidas e/ou implementadas por instituições educacionais privadas o fomento de pesquisa e extensão do conhecimento a todos os cidadãos brasileiros.
Deve o estado não só controlar tais intentos mas ser agente precípuo (principal) dos processos avaliativos e na adoção de políticas educacionais de estado. Sob esse equilíbrio estatal e civil/emacipatório todos tem a ganhar.

4) Localize no texto o surgimento do INEP e quais suas funções. 5) Como a autora analisa as principais atividades do INEP?

O INEP surgirá em 1937 e uma de suas funções era resgatar uma espécie de nacionalismo que tem o estado como instituição responsável pela pesquisa fundamentada em pedagogia para balizar futuras políticas públicas de estado.
A autora trata um histórico das linhas políticas pelas quais seguiu o INEP, conforme o tempo histórico passava. Num primeiro momento, o INEP participou de uma grande contribuição à Sociologia e em suas pesquisas. Agora a escola também era vista sob o prisma sociológico. Tem também o INEP a capacidade de conceber, produzir pesquisa básica/experimental em Sociologia e também em Pedagogia, tudo se mensurava visando cada vez mais entender a educação e a sociedade brasileira.Institucionalizou-se a pesquisa em Pedagogia no Brasil.
Em 1964, os militares extinguiram os centros de pesquisa em educação e o levantamento de dados para a educação ficaria comprometido por motivos políticos. Em seguida, os debates institucionais foram em torno da reorganização das UF’s e instituições técnicas que visava também o desenvolvimento do país e a sua (re) democratização.
Nesse contexto, o INEP tinha por objetivo identificar as fraquezas e reais demandas da educação mas passou a sofrer críticas que visavam imputar ao INEP contribuição para aumentar a dicotomia entre avaliações quantitativas e qualitativas.
Por outro lado, evasão e repetência podem ser solucionadas por amplos e acurados programas de avaliação educacional – contrariando as críticas aos modelos de avaliação defendidos e utilizados pelo INEP.




Referencial teórico:
YAZBECK. Lola. "Avaliação Educacional Básica: por entre alguns projetos que tecem a história e os caminhos da institucionalização". Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, RBPAE. v 18, jul/dez 2002, p.245-260.
VYGOTSKY, Lev (Psicologia Pedagógica – Cap. I – Pedagogia e Psicologia) – acerca dos objetos e natureza estrita da Pedagogia.

©2007 '' Por Elke di Barros