EMANCIPAÇÃO FREIRIANA – ESBOÇO CRÍTICO PARCIAL DA PEDAGOGIA LIBERTÁRIA AOS ENGODOS DE PEDAGOGIAS SALVÍFICAS E IDEOLÓGICAS.
Perspectiva Freiriana ao documentário Ilha das Flores (FURTADO, Jorge). Elucubrações de ruptura ao capital por políticas inclusivas visando necessariamente os esfarrapados de Freire. Vislumbres teóricos e prospectivos de um quadro de hegemonia da lógica capitalista – instituída socialmente e naturalmente aceita sob um contrato social loqueano/rousseano. Do não nominalismo a um possível entendimento e instituição de um projeto pedagógico universal ou uma pedagogia salvadora/salvífica.Possibilidades de ruptura política do atual estado da arte da sociedade capitalista/global em detrimento à segurança existencial dos esfarrapados de Freire pelo acúmulo de forças políticas progressistas e pelo desafio de conscientização pedagógica freiriana das massas em eterno movimento dialético real e inclusivo.
Abstract
Sketch critic under the perspective Freiriana to the Island of Flowers documentary of the FURTADO Jorge and reverberation in purses of poverty.Hypotesys of rupture to the capital for inclusive politicses necessarily aiming the tattered of Freire. It is an exercise hyphotetical and theoretical and prospective of a hegemony picture of the logic instituted capitalist socially and naturally accepted under a social contract locke’s and Rousseaus’s.Of the not nominalism to a possible understanding and institution of an universal pedagogical project or a pedagogy redeeming. Possibilities of policy rupture of the current state of the art of the society capitalism in detriment to the existential safety of the tattered of Freire by the accumulation of progressive political forces and by the challenge of pedagogical Freire’s understanding of the group(masses) in eternal dialectic, interactive, real and inclusive action.
Devido ao processo histórico mercantilista e ao advento do capital, seres humanos são renegados ao degredo social. Homens e mulheres dentro dessa dinâmica se encontram fatalmente em exclusão.As restrições existenciais impostas pelo capital tornam os Direitos Humanos uma mera e vazia carta de boas intenções. Segundo a ONU são três bilhões de humanos que vivem com menos de um dólar/dia, sem acesso a água potável ou saneamento básico. O estado da arte em Ilha das Flores se estende (mesmo admitindo peculiaridades socioeconômicas) a todo bolsão de pobreza extrema. Entende-se por pobreza estrema - os esfarrapados de FREIRE. Milhões de humanos que não possuem capacidade estrutural em termos biopsíquicos ou base familiar/social. Assim, aos farrapos, à nulidade de consumo e nutrição - o fatalismo excludente se concretiza. Falamos de estruturas sociais tradicionais que são tidas como naturais e que beiram o absurdo moral e existencial. A fatal reverberação do capital nunca garantiu a existência humana mas seu já corriqueiro extermínio. O globalcídio da espécie Homo Sapiens é visto diariamente em todo o planeta – onde a realidade se apresenta ainda mais mórbida, sectarizada, intolerante, supersticiosa e fetichista, pois informações de guerra e genocídios não chegam em sua totalidade aos tribunais internacionais e/ou governos. Milhares sucumbem diariamente a esse fatalismo: seja pela guerra, doenças ou má nutrição.Aos esfarrapados de Freire resta necessariamente a exclusão, exclusão que hoje se apresenta em escala global e muito mais nociva à existência humana. Mulheres e crianças são os primeiros a sofrer tais opressões de força maior. No atual estado da arte - vemos em sentido sociológico - uma exclusão fatalista ao extrato social oprimido - dar-se-á também o nome de monopólio radical (TUNES, Elizabeth 2007). E dai pergunta-se: O que fazer no sentido de romper com o capital global e suas atuações restritivas ao campo sociopedagógico? O que fazer para concretizar uma emancipação social? Acumular força política e conscientizar as massas. Que em unidade propositiva política, possa estancar um processo excludente que chamamos de aumento do torno da mais valia absoluta - isso dentro de uma transição histórica de acúmulos sucessíveis de forças política – tudo para se ter campo social fértil que possibilite não uma ruptura violenta, obscura ou casuística (somente nas esferas da ideológica e do formalismo jurídico). Não se trata de uma proposta de organização política ao romance filosófico do contrato social de Rousseau, ou um pífio ajuste teórico às concepções de uma lex naturalis loquiana para garantir o formal e mentiroso direito natural à vida dos esfarrapados. Todas as convenções mundiais em seus tribunais, em suas respectivas cartas e manifestos admitem tal premissa - a validade ontológica da vida humana no social e no universo pedagógico mas concretamente a lei capitalista se torna aos pobres uma lex caesum cedere. Ou seja, legal e legítimo no capital é a matança e a exclusão. Assim, o acúmulo de forças progressistas locais em célula/entidades de base e também global da força trabalhadora seria uma ponte libertária para que possibilite, também sob restrições concretas, um protodebate político relevante e real, a proposição, a concepção e a feitura de um modelo social, de uma reestruturação social em sentido includente. Tratemos como um salto qualitativo de feeling humano e que demanda tempo; da radicalização do humanismo sob fins freirianos, não sua romantização voluntária que vimos na retórica pedagógica dos amigos da escola, nas ongs fisiologistas ou na dependência de uma solidariedade cristã tacanha e identificada em Mézaros como um gradualismo pedante no trato dialético com a realidade imposta pelo capital. O gradualismo em Mézaros seria a adoção de políticas de resultados parciais em detrimento a uma ruptura com as estruturas incorrigíveis do sistema capitalista. Nem sequer se restringe a um nominalismo mágico, ou um realismo ante rem platônico ou in re aristotélico, pelo transcendental ou pelo caráter imanente dos conceitos – onde traçaríamos um definitivo plano político pedagógico libertário. Não se trata de dar solução às peculiaridades culturais, estruturais e subjetivas de cada desafio pedagógico seja municipal, estadual e finalmente sob o prima da União sob balizadores da soberania nacional. (Isso teoricamente, sob a proposição em Freire, e sob uma forma operacional não faz qualquer sentido), não existe pedagogia salvacionista/salvífica – a pedagogia não tem essa agudez de escopo mesmo admitindo em Freire a não existência de uma pedagogia neutra; mas pela atuação possível de uma práxis de entendimento real mesmo dentro de restrições regionais, legais e materiais.Trata-se de uma radicalização de entendimento político libertário aos esfarrapados de Freire que sequer decidem sob sua existência biopsíquica. Vivem e viveram sob o fatalismo da exclusão existencial que inequivocamente decidirá o que terão que comer e o que pensar até seu mantimento inteligente/estratégico aos farrapos (para composição de um exército de excedente ao capital) ou seu total aniquilamento existencial seja por inanição ou pelo extermínio fatal da sociedade capitalista e globalcida. Não podemos nos iludir pedagog@s e demais agentes da educação; a personificação do capital se reflete na matança ou exploração do oprimido por que precisa se sobrevalorizar, não tratem a questão como uma figura de linguagem mesmo por que o capital possui sua fisiologia e metabolismo próprio sendo um organismo que está institucionalizado no estado, na sociedade, na moral, na religião em nossos arquétipos e comportamento. Diante disso torna-se plausível um real choque dialético entre a lógica freiriana et al em corrente histórico/cultural e a tábula rasa loquiana/rousseana/religiosa – que por vezes é forjado pelo romantismo ideológico/religioso e que não atingem o tecido do real, o tecido da realidade por que não possui internamente uma práxis e perigosamente impõe ao entendimento pedagógico libertário: Determinismos, erros historiográficos, falsos dualismos escolásticos, engodos ideológicos, falácias, enganos pessoais seja por ingênuas ou intentas doxa, classificações (ver GOULD. J – A falsa medida do homem), cultura etnocêntrica e a sectarização justamente dos esfarrapados de Freire que por uma gama de estereotipias socialmente adquiridas e manifestadas pelo comportamento opressor e violento (germe do capitalismo) se concretiza por ferramentas como uma pseudociência (geralmente uma ideologia ou religião), instituição ou algum agente social ou um composto desses;que negará aos esfarrapados de Freire o bem estar social que esteja para além do capital.
Palavras chave: Pedagogia, Política, Capital, Ilha das Flores, práxis.,
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Ilha das Flores - Aos esfarrapados de Freire ao ENEPE
Postado por Ciência da Educação às 14:21 0 comentários
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