sábado, 4 de abril de 2009

A pesquisa em Educação



Saudações a todos da disciplina Pesquisa em educação, Olá Prof. Kipnis,



A pergunta possibilita várias respostas. Vejo a pesquisa como um exercício reflexivo, ou seja um exercício controlado (in vitro), ou uma tese, uma observação, um relato histórico que pode ser "pequisado" por homens para tentar decifrar ou entender melhor do por que determinado fenômeno acontece.

A pesquisa científica tem uma forma determinada/lógica de ser ou dependendo do objeto a ser estudado, pode-se utilizar mais de um método.

A ciência se utilizará de um método para "pesquisar" as condidionantes ou as causas de um determinado fenômeno concluíndo (mesmo que parcialmente) relações de causa-efeito por meio de evidências, provas materiais, comparações, classificações (taxonomias) para que dentro de um proposta de trabalho, analisar um objeto (de pesquisa) que deve ser mensurável, acurado, objetivo.

Em pesquisa básica pode-se gastar milhões sem um devido resultado ou conclusão. Em inovações isso acontece muito, mas chega uma hora em que o processo da pesquisa, atinge resultados relevantes e importantes para a vida humana, sua saúde, na produção de alimentos etc.

A empresa 3M, gasta milhões em P&D (pesquisa e desenvolvimento) e que não dá nenhum resultado prático, mas volta e meia nas pesquisas, descobre-se uma cola mais resistente, uma fita mais flexível e durável, um plastico com x propriedades úteis, uma ferramenta... inúmeros produtos mais avançado e que terá saída comercial.

Sob a perspectiva pedagógica, trará importantes conclusões (sob estatísticas) para uma tomada de decisão, na fundamentação do repasse de ensino em sala de aula, ou até mesmo na construção integrada de conhecimento relevante com discentes, técnicos, corpo administrativo de uma escola, no fomento de talentos em ciência, na clarificação das disiciplinas científicas vistas nos primeiro e segundo grau...

São palavras comuns no meio de pesquisa, hipóteses, método, metodologia, teoremas, indução, dedução, média, mediana, desvio padrão...universo de pesquisa, ambiente controlado(in vitro).

Depois faço mais alguns comentários - Sds - Saulo Fabrício - 1006584.

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kipnis - A pesquisa requer um método?

Creio que sim, não saber onde quer chegar, nem saber como chegar ao objetivo de um pesquisa, torna-se a coisa impraticável...note que muitas das vezes pesquisa-se (caso da 3M), em inovações mas não se tem claramente um objetivo. mas acredito que os caras da 3M, também não pesquisam por pesquisar...

Mas quando você faz uma argumentação ideológica, você também não usa um método de argumentação a respeito de alguma coisa?

Sim, argumentação ideológica é o que mais norteia pesquisa. Exemplo: as pesquisas de opinião política, ou solicitadas por empresas que queira "fazer seu filme" pode-se até mentir, burlar, envergar resultados obtidos em estatísticas...

Mas parto do pressuposto que em pesquisa científica (impessoal) deve-se trabalhar de forma demonstrável, de forma que quaquer pessoa tenha acesso ao processo da pesquisa, de seu método, universo da pesquisa - isso para que a mesma seja de conhecimento de outos pesquisadores e para que os mesmo possam encontrar inconsistências ou corroborá-la. A pesquisa e seu método devem ser publicadas para que outras pessoas possam entender como que se chegou a tal resultado ou explicação de um fenômeno..

Isso garante lisura científica? A priori sim, mas tenho como pesquisador que admitir que muito do que é feito em pesquisa é puramente ideológico. Com fins exclusivos capitalistas, de merchan, de autopromoção - sem ter a pesquisa fundamento científico claro... apesar da utilização de método etc.

Agora professor Kipnis, tenho também o seguinte pensamento:

Isenção/impessoalidade em pesquisa científica é muito difícil. Dentro do sistema capitalista vejo a pesquisa sendo feita já com "intuitos ideológicos" embutidos já nos início da pesquisa.

No caso de instituições como UnB - já vejo intuito republicano, para todos, mas ainda com um "q" ideológico.

Em suma, ainda não consigo enxergar pesquisa puramente isenta de ideologia. Pesquisa-se para um determinado fim. A arte pela arte (de Nietzsche em para além do bem e do mal), a pesquisa pela pesquisa, a erudição em pesquisa, pela erudição em pesquisa como fim retórico ou para formar opinião destituída de fundamento na realidade, prá mim não faz sentido se a mesma não tem aplicabilidade ao maior número de pessoas.

Sds - Saulo Fabrício - 1006584

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Nem tudo em ciência é relativo...


kipnis - Saulo, como você vê a distinção entre pesquisa básica e pesquisa aplicada?

Saudações Prof. Kipnis e a todos da disciplina,

O debate tá ficando bom...aprovo A pesquisa básica seria a exploração, especulação, o testar de hipóteses ou teses sobre um determinado fenômeno/objeto na tentativa de clarifica-los utilizando-se de um método. Encontra-se uma resultado/conclusão e APLICA-SE (pesquisa aplicada) para um determinado fim útil ao homem. Mas acho que esse ciclo virtuoso dentro da pesquisa não acontece sempre...


Outra coisa: se tudo está "contaminado" pela ideologia, para que fazer a pesquisa científica?

Kipnis e demais, não diria "tudo" mas uma boa parte das "intenções" em pesquisa são para o lucro ou para autopromoção capitalista.

Por outro lado, em quê traria descrédito ao pesquisador e pesquisa se a mesma é voltada para difusão por exemplo de técnicas de plantio no sertão, implementação de pesquisas sobre segurança alimentar?

Analisando friamente por exemplo pesquisas para segurança alimentar e sua aplicabilidade - a mesma pode ter uma "ideologia" humanística - mas totalmente corroborada por um método claro e com resultados sociais pertinentes e aplicáveis. Ora, o pesquisador (com intuito humano, puramente humano) pode concretizar um ciclo de pesquisa impessoal, mas sem ser "contaminado" por sua ideologia humanista ou seja lá qual for.

Notem todos, que nesse embate dialético entre impessoalidade/isenção científica e atuação ideológica na pesquisa não existe no meu entendimento um marco claro que delimita isenção e ideologia. Pesquisa-se para um fim, pesquisa-se tendo por pressuposto uma "idéia" humana...

Não tenho certeza disso, mas a coisa torna-se ainda mais paradoxal ainda dentro do sistema capitalista e em sua estrutura que afeta diretamente os meios para pesquisar e inclusive a mentalidade dos pesquisadores em detrimento a um método isento...

Nesse sentido, as brilhantes "sacações" de grandes nomes da ciência como: Newton, Galileu,Copérnico, Darwin at all, Einstein etc, etc não podem ser consideradas determinadas por uma ideologia. O que esses grandes "descobriram" estão além de um determinismo ideológico - a GRAVIDADE, a SELEÇÃO NATURAL, concordando com ela ou não, torna-se um FATO puro, inconteste ideologicamente por as mesmas estarem demonstradas com inúmeros fatos e experimentações in vitro.

Admito prof. kipnis que em relação a esse embate dialético de ISENÇÃO X IDEOLOGIA na feitura de pesquisas científicas ainda não tenho um panorama claro de tudo que influencia essas questões...esgotar essa questão seria um trabalho de difícil trato.

Por lisura em debate, força-me a deixar a questão em aberto. Alguém poderia complementá-la, ou não concordar com nada que disse até agora?


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A neutralidade do Pesquisador


Olá Pedagog@s e Prof. Kipnis;

A neutralidade do pesquisador, vai depender de um completo entendimento do método adotado sobre um deteminado objeto de investigação que deve ser o mais específico possível. Neutralidade remete-se necessariamente à objetividade. Freire admite a não existência de uma Pedagogia neutra, mas o contexto é em termos gerais, em termos políticos.

Supondo que o método do IDEB seja "ideal" e pertinente, sem falhas...Quando se calcula o IDEB (objetivamente falando) o pesquisador foi neutro em tal situação. Em termos mais gerais (políticos) não podemos afirmar com tanta certeza...

Outra dificuldade também é quanto às conclusões do IDEB, pode-se acertar no método e em seu cálculo mas o índice pode não refletir um nexo causal entre causas e efeitos (dentro do universo da pesquisa e/ou da educação)...

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A objetividade do pesquisador:

De forma análoga ao tópico - da neutralidade do Pesquisador*, também se admite que a objetividade em pesquisa científica deverá se ter uma visão clara e global do "caminho das pedras", ou seja; do método científico adotado para alcançar na concepção de uma pesquisa científica objetividade investigativa.

Objetividade remete-se a delimitação clara de seu objeto de pesquisa. Objetividade e neutralidade são pressupostos interdependentes e complementares em uma "boa" pesquisa científica.


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Considerações gerais sobre a ciência em tópicos debates:


De uma forma geral, ciência é uma forma específica de interpretar e/ou entender o cosmo e a existência humana. Palavras chave: método científico, empirismo, linguagem formal e rígida, conceito, teorias, argumentos, mensuração etc.

jacki - Ciência sempre me conecta a racionalidade. Tudo aquilo que é passível de análise e de respostas humanamente explicáveis.


hum... interessante jacki mas vou discordar em partes. o que seria a análise? o homem não explica definitivamente o que é vida, mas é objeto da ciência o conceito vida e suas estrutura orgânica etc.... a ciência não visa explicar tudo...mas que tentam ... isso tentam... =]


ana - até mesmo através do erro se concretiza algo científico.

hum... poderia exemplificar ana? pensei na descoberta da penicilina por "acidente"...mas acho que não é beem assim não heheh =]

Tainá - Quando penso em ciência penso em algo concreto.

o concreto seria mensurável? uma onda eletromagnética, o espectro "roxo", ou "azulado" da luz solar não é visível a olho nu e nem se pega, mas se mede. =]







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©2007 '' Por Elke di Barros