terça-feira, 3 de novembro de 2009

Educação em Língua Materna 7

Relatório 7 – BORTONI-RICARDO, Stella Maris (Educação em Língua materna – A Sociolingüística na Sala de Aula – Capítulo VII – São Paulo - Editora: Parábola 2008 – ISBN 978-85-88456-17-4).


1.OBJETIVO

Sistematizar informações sobre regras de variação na fonologia e morfossintaxe.

2.RESUMO

A autora BORTONI-RICARDO, no capítulo anterior nos leva ao entendimento que o educando (justamente no espaço escolar) pode adquirir a chamada competência comunicativa para atuar em demandas que pede ao educando atuação social dentro de convenções formais – mais especificamente falar da forma “certa/adequada” nos diversos espaços sociais da qual o educando irá interagir.

Nesse capítulo, uma sistematização ponto a ponto é feita para que entendamos como que se processa essas variações nas vogais e consoantes e como e quando tais variações acontecem dentro do formalismo do processo de letramento, no contato do educando com vários tipos de textos.

Assim, a autora no último capitulo nos remeterá às seguintes situações:

a) Identificar traços descontínuos e graduais que irão distinguir as variedades da língua;
b) Inicialmente, verificar características da linguagem quanto a pronuncia e sua dimensão morfossintática;
c) Verificar que a estrutura fonológica da língua segue inclusive determinadas mecânicas dentro da língua, dentro do processo de letramento, uma delas é a identificação de um núcleo silábico de travamento advindo das consoantes;
d) Identifica as vogais numa estrutura silábica como médias, nasais e átonas;
e) Logo após discutir em atividades com alunos e destrinchar cada situação sobre as articulações corretas da língua na fala das consoantes; algumas identificadas como linguodental outras bilabiais ou alveolares – dizendo sobre a gênese e mecânica corporal necessária para sua correta pronúncia. São classificadas também como surdas e sonoras;
f) Identificação das consoantes no português (ver tabela1);
g) Saber que as estruturas silábicas podem ser (c – consoante, v – vogal): V, CV, CVC, CCV, CCVC, CCVCC, CVCC existindo exceções;
h) Lembra a autora BORTONI-RICARDO que são as consoantes que “travam” as sílabas, consoantes de travamento, local esse onde ocorreram as maiores variações linguísticas;
i) Identifica as atuações do /r/ pós-vocálico nas linguagens de mineiros, paulistas e falares interioranos em geral...;
j) Identifica que as supressões do /r/ pós-vocálico varia também em função da morfologia da palavra;
k) Aponta também que o /s/ pós-vocálico varia em função também conforme região geográfica;
l) Cita também que, já na tentativa de tornar prática as situações linguísticas com os vocábulos e suas supressões, variações e dentro da estrutura silábica, atentar para as principais variações e suas mecânicas. Exemplo: As supressões no /r/, no /s/ conforme as inúmeras combinações entre consoantes e vogais e também sob determinantes culturais e geográficas;
m) Como estratégica pedagógica, atentar para os plurais regulares pois possuem uma maior probabilidade de não serem flexionados;
n) Principais estratégias para identificar variações: ir do discurso para a sentença, ir de regras mais freqüentes para menos freqüentes e também das regras sociolinguísticas mais prováveis para menos prováveis;
o) Sugere que façam atividades de gravação de falas, novelas ou rádio e depois conjuntamente identificar supressões das gravações sugeridas;
p) Identifica que há dois tipos de condicionamento na regra variável de concordância verbal no português brasileiro: uma de natureza fonológica e outra de natureza sintática;
q) Por fim, admite que sílabas pretônicas podem ser reduzidas conforme língua. Exemplos: televisão (português brasileiro) e t’levisão (em Portugal)

2.1 IDÉIA PRINCIPAL

Levar o educando e o educador a perceberem juntos, que a mecânica, as estruturas de variações linguística, variam conforme (via de regra) padrões de supressões, ou de variações. Tendo consoante e vogal papeis fundamentais (na sílaba) para explicar as diferenças linguísticas e variações que podem ter por condicionantes a cultura, a geografia, a própria língua, os interlocutores, os papéis sociais existentes na forma de falar ou se comportar na fala.

2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS

Fonologia, morfossintaxe, núcleo silábico, consoantes linguodentais, consoantes bilabiais, alveolares e palatais, consoantes surdas e sonoras, consoantes de travamento, consoante pós-vocálica, monotongação,

3. COMENTÁRIOS CRÍTICOS E PERSPECTIVA QUE A LEITURA TROUXE

Além de ter consciência que o educador precisa identificar os inúmeros gêneros e tipos literários, saber da heterogeneidade da turma que trabalha, cultura e competências já existentes nos alunos quanto ao letramento, saber identificar lingüisticamente os padrões de variações que sofre a língua quando nós (educadores e educandos) falamos e depois transferimos a oralidade para uma configuração/formatação padrão em textos em língua materna. E nessa “transferência” para poder ensinar o português brasileiro padrão poder identificar supressões, variações comuns, muito comuns quando o educando está tomando contato com as regras de sua língua materna.

0 comentários:

©2007 '' Por Elke di Barros