sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Educação em Língua Materna 4

Relatório 4 – BORTONI-RICARDO, Stella Maris (Educação em Língua materna – A Sociolingüística na Sala de Aula – Capítulo IV – São Paulo - Editora: Parábola 2008 – ISBN 978-85-88456-17-4).


1.OBJETIVO

Levar o aluno a aprofundar sua conscientização sobre a variação lingüística e a educação em língua materna.

2.RESUMO

No capítulo anterior, BORTONI-RICARDO identifica que onde existem tensões étnicas, socioeconômicas existem também um maior monitoramento lingüístico. Com isso, necessita o pedagogo(a) ter um maior contato e uma maior familiarização da cultura rural e dos diversos falares do Brasil. Segundo BAGNO, falam-se duzentos dialetos no território nacional. Uma grande variação de fato.
Necessita-se também de se ter símbolos do multiculturalismo para conscientização da diversidade linguística (personagem do Chico Bento).
Alguns fatores que compõem a variação linguística: Grupos etários, Gênero, Status socioeconômico, grau de escolarização, mercado de trabalho, redes sociais. Segundo a autora grupos referências também moldam o fenômeno da variação linguística.
Quanto aos atributos linguístico:
1) Estruturais;
2) Funcionais.
Notifica a autora que na prática linguística os fatores estruturais se inter-relacionam com os funcionais. Assim a estruturação da língua em termos fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos, pragmáticos e discursivos se relacionam com as funções precípuas da comunicação, da fala humana.
Como a variação linguística é complexa como fenômeno sociolingüístico, BORTOLI-RICARDO nos remete analisando essa complexidade à ação humana. Teria, pois a sociolinguística um caráter comportamental? Sob sua estrutura o pragmatismo é também ação estrutural, dentro da sociedade.
Logicamente, que a espécie humana se comunica para se organizar, sob um fim, obter alimento mais facilmente, avisar sobre um perigo eminente dentre outras muitíssimas.

2.1 IDÉIA PRINCIPAL

A partir do contato sociolinguístico com culturas rurais e/ou diversas entender que a variação linguística segue a determinação de fatores tanto estruturais quanto funcionais. Essa complexidade fenomenologia, estrita linguística tem até uma dimensão comportamental humana. Objetivamente sob uma ação.

2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS

Fatores Estruturais (fonológicos, morfossintáticos etc), Fatores Funcionais, Grupos etários, Gênero, escolarização, redes sociais.

3. COMENTÁRIOS CRÍTICOS E PERSPECTIVA QUE A LEITURA TROUXE

Sob a perspectiva do ensino da língua materna, possibilitar ao professor ter acesso aos conceitos da sociolinguística e com se forma historicamente uma língua, condicionantes e determinantes do fenômeno linguístico que possibilitará além de ter maior acesso e conhecimento da norma culta da língua, saber contextualizar o ensino da língua materna de forma a possibilitar o aluno não se sentir coagido a falar, escrever e se expressar conforme sua formação.
Cabe ao professor também entender que algumas condicionantes do processo de falar especificamente de uma forma ou de outra se dá por um processo de complexo. Complexo esse que leva em consideração outros fatores como biológicos, psicológicos, políticos, familiar etc.
Segundo Morin, o pensar complexo, não é pensar questões “difíceis” mais se atentar sobre alguns importantes processos que se dá por vezes numa esfera, por vezes em outra esfera e dimensões do preconceito à variação linguística (por exemplo algum preconceito violento de intolerância à diversidade de falares) sendo um problema social que deve ser entendido e considerado).
A conscientização da variação linguística deve ser fator a se considerar em planejamentos pedagógicos, na concepção da linha pedagógica a se adotar no ensino de língua materna nas escolas do Brasil.
Além de uma necessária conscientização em planejamento e no trato institucional, tal atitude deve também partir do educador. Ser veículo de estímulo no aprendizado do Português, mas sabendo também o momento certo para dentro dos parâmetros de um currículo e sistema de avaliações instituído também fazer as correções adequadas dos “erros” de português sem atropelo do processo de aprendizado.
Em última instância o que mais importa não é a correção estilística mas o entendimento pleno da mensagem, sua significação, compreensão e possibilitar o educando a adquirir habilidades importantes para sua formação como sujeitos e cidadãos ativos na melhoria de sua própria sociedade e concidadãos.

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©2007 '' Por Elke di Barros