segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Educação em Língua Materna 6

Relatório 6 – BORTONI-RICARDO, Stella Maris (Educação em Língua materna – A Sociolingüística na Sala de Aula – Capítulo VI – São Paulo - Editora: Parábola 2008 – ISBN 978-85-88456-17-4).


1.OBJETIVO

Introduzir os conceitos de competência linguística e competências comunicativas e suas implicações para a educação.

2.RESUMO

A autora BORTONI-RICARDO no capítulo anterior nos mostra alguns conceitos interessantes para explicar nossa variação linguística. Termos como contínuos, descontinuidade, traços graduais ou descontínuos, oralidade, letramento ou o falante se alinhar (alinhamento) solidarizando-se aos grupos que toma contato o falante irão nos remeter e também ajudar a entender a essência da língua, fala e escrita e também para que entendamos o que seria competência linguística e também comunicativa.
Agora, veremos a diferença entre competência linguística e competência comunicativa.
Na competência linguística, deve-se respeitar as regras morfossintáticas e semânticas. Ou seja, formulação de frases que façam sentido completo, dentro das regras gramaticais.
Os falares interioranos, do contínuo rural e principalmente me comunidades mais isoladas possuem competência linguística, pois sua escrita e fala VARIAM porem não atropela as regras básicas da estrutura da língua no respeito de sujeito, verbo, predicado, concordância e sentido. Essa questão independerá do grau de monitoração.
O que pode acontecer seria, pela monitoração, aumentar erros na decodificação, mas mesmo falares rurais já possuem, já internalizaram a estrutura da língua falada está aí a competência linguística – saber a estrutura lógica da língua materna.
Agora, o conceito de competência comunicativa – segundo Hymes (1966) seria mais amplo do que o conceito de competência linguística pois também abraçará além da compreensão da estrutura da língua e de sua lógica interna mas também dará conta das variáveis socioculturais na adequação da fala, ou sua variação. A adequação refere-se aos papéis sociais. Um gerente de banco ao atender o telefone é formal, mas ao identificar um amigo, muda seu contexto de falar, inclusive em relação ao monitoramento e ao estilo.


2.1 IDÉIA PRINCIPAL

Levar o educando (justamente no espaço escolar) à adquirir a chamada competência comunicativa para atuar em demandas que pede ao educando atuação social dentro de convenções formais – mais especificamente falar da forma “certa/adequada” nos diversos espaços sociais da qual o educando irá interagir.

2.2 PRINCIPAIS CONCEITOS

Competência linguística, competência comunicativa, desempenho.

3. COMENTÁRIOS CRÍTICOS E PERSPECTIVA QUE A LEITURA TROUXE

Entender que o papel da escola, como espaço de excelência no ensino da língua materna em sua estrutura formal e gramatical para possibilitar aos alunos (mesmo os pertencentes aos contínuos rurais e/ou rurbanos) que os mesmo adquiriram habilidades comunicativas nos diferentes espaços sociais em que o educando irá interagir.
O Pedagogo (a) deve ter a consciência de quê torna-se importante o ensino da língua materna em todo o reflexo de sua futura aprendizagem. Assim, deve cada vez mais a escola ter como meta o ensino da língua materna de forma motivadora e que possa o professor (a) ser veículo de transposição de preconceitos e até receios/medos de falar em sala, ou de dar vazão ao processo de escrita, de uma cultura da leitura – admitindo logicamente toda a variação do português brasileiro.
Traçar um plano de aula condizente com a cultura local, saber da heterogeneidade da turma, ter acesso aos termos e formas de falar dos educandos. Saber fazer a avaliação em língua materna ao ponto pode identificar deficiências no entendimento da língua ou pontos fortes.Enfim, dar condições aos educandos que se apoderem de competências comunicativas para atuar não só no prosseguimento dos estudos, mas para toda sua vida.

4. REFLETIR

O que o professor pode/deve fazer para ampliar a competência comunicativa do aluno?

Na era da Internet e da tecnologia, fomentar os alunos a pesquisarem mais os assuntos que lhe interessam dentro de um plano de aula proposto. Ter acesso a um estudo sistemático, contínuo e motivador de português, matemática, das ciências importantes para o aluno tomar conhecimento de como funciona a sociedade, o mundo físico, do por que e como entender a sociedade para melhor se entender.
No trabalho cotidiano de sala de aula – dar a oportunidade do aluno de falar, estimular a fala em sala de aula, a análise filosófica, dar a oportunidade e estimular o aluno a pensar de forma matemática ou sociológica.
Trazer problemáticas (por um bom planejamento de aula, dentro de um bom cronograma) estimular o aluno a refletir e a produzir textualmente suas reflexões críticas sob situações em que o próprio aluno vive.
Estimular a pesquisa científica e do por que pesquisar (seja na pesquisa básica ou em aplicações na sociedade). Fazer com que o educando obtenha, por meio do domínio da língua – obter ferramentas importantes para sua emancipação parcial.
Enfim – ensinar de forma precípua ao educando (e isso de forma pontual, mas principalmente numa virtuosa interação significativa) que levará o educando a entrar dentro de um processo de descoberta, de um virtuoso processo heurístico que fará assim o fomento de uma cultura de formação. Educar em língua materna para a formação de sujeitos críticos.

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©2007 '' Por Elke di Barros